Augusto Boal – mais um que nos deixa – e minha história com o Teatro do Oprimido

É com extremo pesar que faço este post, motivado pela desencarnação de Augusto Boal.

Trabalhei alguns anos com o Teatro do Oprimido, tendo feito duas oficinas com eles, além de ter montado um cenário para um dos grupos.

O Cenário foi para o Grupo Corpo EnCena, com a peça Como era bom o meu tempo de criança.

Tive o prazer de conhecê-lo e ouvir alguns de seus conselhos, enquanto montávamos a peça.

Ele mantinha, junto com um grupo muito competente de artistas, muitos meus amigos, o Centro de Teatro do Oprimido, CTO, na Lapa, Rio de Janeiro.

Com as oficinas que fiz, oferecidas pelo Programa de Educação Ambiental do PDBG – onde fiz especialização – montei um grupo chamado Ambiente em Movimento.

Este grupo durou alguns anos, tendo feito algumas peças e diversas apresentações.

Trabalhávamos, como o nome diz – e como não poderia deixar de ser –, com o meio ambiente, utilizando o teatro para fazer educação ambiental.

Acho a técnica do Teatro do Oprimido muito interessante para se trabalhar com questões sociais, ambientais e outras que necessitem uma mudança vinda por parte do povo.

A técnica faz com que as pessoas (os espectadores atores – ou espectatores) se vejam, se identifiquem com a situação e percebam que ela tem que mudar.

Ao mesmo tempo, incita o grupo que assiste a pensar, a tentar mudar a situação. E eles fazem isso não só falando, mas atuando, mudando a história, fazendo-se passar por um dos personagens apresentados.

Muito bom.

O legado dele vai muito além desta pequena descrição, lógico. Portanto, quem se interessar, vale a pensa procurar um pouco mais nos links deste artigo.

É… acho que já fiz de tudo um pouco…

Algumas imagens (desculpem a má qualidade das fotos):

Corpo EnCena

Primeira apresentação:

CEC - 1a apresentação - 2003

No Museu da República:

CeC - Museu da República - 100 CeC - Museu da República - 102

CeC - Museu da República - 103 CeC - Museu da República - 104

Em frente à igreja do bairro onde moravam os atores, retratada no cenário:

CeC - na igreja - 100 CeC - na igreja - 101

CeC - na igreja - 102 CeC - na igreja - 103

Detalhes do cenário:

CEC - Mesa, livro, arma - 2003

CEC Boné - 2003

Ambiente em Movimento

Nossa primeira apresentação, com a peça “A Fábrica”.

SIM, este cabeludo sou eu!!!

Ambiente em movimento - 1a apresentação - recortada Teatro

Teatro 2 Teatro 3

Outra apresentação nossa, com outra peça, mas em uma fábrica de verdade!:

Ambiente em movimento - Capsugel

E fazendo o cenário, que, é interessante frisar, era todo feito de material reciclado:

Ambiente em Movimento Cenário 1 - Setembro 2003

Ambiente em Movimento Cenário 21 - Setembro 2003

Ambiente em Movimento Cenário 32 - Setembro 2003

Ambiente em Movimento Cenário 28 - Setembro 2003 Ambiente em Movimento Cenário 35 - Setembro 2003

Por fim, nós enveredamos uma época pela Contação de Histórias, fugindo um pouco do Teatro do oprimido, porque também trabalhávamos com crianças.

Tínhamos um pano preto, nos vestíamos de preto e manipulávamos uns bonecos de papel machê, enquanto um de nós nararava a história.

Ambiente em movimento - Contação no IBG

Dando um crédito aos colegas nas fotos, estavam comigo nesta loucura, durante a maior parte do tempo: Eduardo, Carol, André, Marcelo, Simone e Marlene. Além de outras pessoas que passaram, deixando sua marca e sua experiência conosco.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira

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Prticipe do Movimento:

SE EU FOSSE SECRETÁRIO(A) DE EDUCAÇÃO, O QUE EU FARIA?

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

4 thoughts on “Augusto Boal – mais um que nos deixa – e minha história com o Teatro do Oprimido

  • 03/05/2009 em 19:48
    Permalink

    Graaande Declev!! Graaande Boal! O lado de lá ficou mais alegre, sem dúvidas. E o de cá não esquecerá dele.
    Fiz parte do Ambiente em Movimento e ele fez parte da minha vida. Ótimos tempos, ótimos amigos! Quanto trabalho e quanta satisfação! Obrigado por ter nos proporcionado dias maravilhosos, como o grande roteirista, ator, diretor e criador de cenários.
    Forte abraço amigão!

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    • 03/05/2009 em 22:08
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      Graaaaaande Eduardo!

      Muito obrigado também, pois sem sua colaboração nada daquilo teria sido possível.

      Você faz sempre um ótimo trabalho, desde que te conheci.

      Abraços.

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  • 06/07/2010 em 09:03
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    Bom dia,
    Primeiramente gostaria de parabenizar todos os envolvidos neste trabalho, é maravilhoso!
    No projeto em que trabalhamos no SESC Cidadania em Goiania-GO, contempla em especial a questão ambiental e gostaríamos muito elaborar o cenário do Talentos Infantis deste ano com todo com materiais recicláveis, mas não estamos encontrando o profissional que possa fazer isso. Caso vcs conheçam alguém por favor me indique e se possível deixe também outros contatos de vcs. Desde já agradeço imensamente.

    Ana Paula Gomes
    Assistente Social – SESC Cidadania.

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  • 18/07/2010 em 21:44
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    Legal demais conhecer esse lado seu, Declev!!!
    Vc parece tão sério em seus artigos e vê-lo assim, cabeludo, rindo, brincando, criando… achei o máximo!!!
    Parabéns pelo trabalho!!!!!
    Beijos…

    Resposta

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