Resposta a comentário

Resposta a Comentário n.1

Oi Renata,

Você não me conhece pra dizer essas coisas. E não dá pra me conhecer pelo que eu escrevo simplemente em um ou dois artigos, nem pela fase que estou passando neste momento.

Se você navegar pelo meu site verá, inclusive, muitas atividades e projetos que já desenvolvi – e ainda desenvolvo – buscando criar estímulos.

E aprenda a ler direito. Eu não disse que vou a escola tomar café. Disse que era hora do recreio – leia novamente – e fui tomar café. Esse direito ainda não nos tomaram, graças a Deus.

Mas, falando de você, fazer pedagogia achando que a escola é uma maravilha – ou achando que não seja e que vai mudá-la com sua motivação, boa vontade e competência – é típico.

Só que tem uma coisa: pedagoga não entra em sala.

Essa é uma grande, enorme, incomensurável diferença entre os que acham que entendem de educação e os que estão na linha de frente da educação.

E, respondendo a sua pergunta, a diferença da minha atitude hoje para aqueles aos quais você se refere é o seguinte: sei que estou numa fase ruim por diversos motivos pessoais, tenho consciência das dificuldades que a profissão nos impõe e não me deixo abater.

O fato de estar escrevendo essas coisas – e todas as críticas que faço à escola de hoje – é justamente para criar reflexões entre os colegas no âmbito da verdade de dentro das escolas, para que juntos possamos pensar em soluções.

Mas dentro da verdade.

É muito diferente alguém que passa por uma má fase do que alguém que não se importa com nada. É justamente porque me imprto que estou como estou.

E vá com calma, futura pedagoga, porque você vai enfrentar pela frente em sua profissão 90% de professores muito piores do que eu.

Faça uma pesquisa e verá que a maioria se sente como eu. Veja os motivos de licenças médicas. Vá às escolas, converse com eles.

Mas a diferença, novamente falando, é que luto contra isso.

Dizer o que sinto é lutar contra isso, pois aqui recebo comentários de amigos – muitos dos quais nunca vi pessoalmente – que me ajudam, apoiam, dão conselhos, discutem comigo.

Achar que o professor que se sente assim deve pedir exoneração, Renata, é querer que no dia seguinte não aja mais escola. Sem exageros.

Por fim, se você se desmotiva com meus artigos e minhas verdades, se você não os vê como uma possibilidade maravilhosa de aprender e aprender e aprender cada vez mais sobre a realidade das escolas para sua faculdade, francamente, você está na profissão errada.

Ainda dá tempo de mudar.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira

Professor. De verdade.

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

17 thoughts on “Resposta a comentário

  • 15/09/2009 em 18:26
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    Típico… Quem foi mesmo que disse: “Eu não sou mais jovem a ponto de saber de tudo”?… Mas talvez você possa seguir o conselho: por que você não tira um curso de pedagogia e sai por aí ensinando o vigário a rezar o “Pai-Nosso”? (a julgar pelos companheiros de turma de minha filha, o vestibular é moleza…)

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  • 15/09/2009 em 18:54
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    Bom, seja qual for sua resposta, esse será meu último post. Não tenho a intenção de transformar um assunto tão sério e que acredito tanto em um embate sem fim, pois creio ainda estamos do MESMO lado.
    Abaixo, segue minha réplica:
    Certamente existem maus momentos na vida de qq ser humano e digamos, sua postura (que seja) atualmente,não está das mais louváveis, ok! Mas gostaria de lhe fazer uma pergunta: sendo a internet um espaço livre, como vc acredita q mudará a conduta de seus alunos, que tem acesso facilmente a esses textos com essa sua “motivação”? Lembre-se da frase do Paulo Freire:
    “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.”
    Não adianta nada vc expôr no seu blog textos de melhoria e não ter em seu dia-a-dia, na prática, projetos e gestos efetivos.
    Quero lhe dizer q não sou uma deslumbrada, tenho 37 anos, já sou formada em outra área, atuo em projetos sociais com pessoas de uma comunidade carente de tudo e escolhi fazer pedagogia por acreditar q podemos SIM, fazer mais pelos classificados fracassados, os que carregam o fardo do insucesso ao nascer, pq ” Sr. Educador” esses é q precisam de nosso apoio.
    ACORDE! Essa é a nossa realidade e vc não está, como não estarei em breve, nesta profissão enganado.Aqui não É o Mundo Ideal!
    Deixo claro que compreendi sim, que vc foi tomar café no seu intervalo, q durou de “Sento à minha mesa às 13:45h…até às 14:30 entrego as carteirinhas”, pois você não fez ,pelo menos neste dia, absolutamente NADA!!!!!Além de claro, se autoapiedar.
    Sendo assim repito: se não se acha capaz de motivar-se e motivar, transformar-se e transformar, peça exoneração.
    A sociedade precisa de pessoas com esperança, idéias, ideais e CORAGEM para encarar o grande monstro que está lá fora pronto para nos engolir todos os dias.
    Sendo assim, usarei um trecho de seu texto destinado a mim, com algumas alterações, para q vc se auto-analise:
    “Por fim, se você se desmotiva com minhas verdades, se você não as vê como uma possibilidade maravilhosa de aprender e repensar e assim agir para atuar cada vez mais sobre a realidade das escolas , francamente, você está na profissão errada”.
    No mais, melhoras e boa sorte!

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  • 15/09/2009 em 20:33
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    É Renata… você já não é tão nova nem deslumbrada como eu imaginava.

    E é uma pena que seja o seu último post, pois gosto destes debates.

    De qualquer forma, saiba que eu também atuo em projetos sociais, e sei quem precisa de apoio.

    Só que eu tenho TAMBÉM a experiência de sala de aula.

    Te proponho um desafio: você, então, que é inabalável, faça um teste e entre em sala de aula numa escola ‘de comunidade’ por um mês.

    Depois me escreva pedindo desculpas, que eu aceitarei-as

    Abraços.

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  • 15/09/2009 em 21:15
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    É Renata, definitivamente vc não conhece o cruel mundo real da sala de aula. Faz trabalha social em comunidade carente??? Que maravilha!!! Também já fiz muito e a diferença é abismal. A sala de sala é outro universo, que definitivamente vc não conhece. Assim como não conhece o autor deste blog MARAVILHOSO e que promove discussões da dura e crua da realidade, sem máscaras teóricas!!! Tenho o imenso prazer de trabalhar com ele em 2 escolas públicas diferentes e que atendem a públicos muito carentes e frutos de violência, e posso te garantir uma coisa, é difícil encontrar um que seja mais engajado e motivado/motivador do que ele. Suas aulas definitivamente não são cuspe e giz. São criativas!!! Ele coloca todos os demais professores para fazer, para pensar, para meter a mão na massa. Se ele tem sempre sucesso?! Claro que não, sempre existem os que não querem messssssssssssssssmo, existem as barreiras econômicas, buRRocráticas, etc e tal, mas ele não fica só reclamando, ele FAZ!!!
    Concordo com ele, passe um mês em uma de nossas salas de aula, aturando todo tipo de coisa e volte a discutir. Falar de longe é fácil, difícil é estar lá e dar a cara à tapa. Já tive seu discurso, ah, como tive!!! Continuo lutando, tentando fazer diferente, brigo por meus alunos, não desisto, assim como o Declev , mas daí fingir que a educação é a lindeza das “pedagogias”, bom, aí há uma grande distância.
    Se todo professor pedisse exoneração por desanimo, nossa, não teria mais ninguém em sala de aula e pode ter certeza, você tb seria um deles. Se continuamos lá, é pq AINDA acreditamos nela – a educação – e lutamos por ela.

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  • 16/09/2009 em 10:56
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    Declev, definitivamente este é o tipo de caso em que a pessoa só aprende passando pela nossa situação.
    É perda de tempo tentar mudar o pensamento da nossa “colega” pedagoga.
    Continue fazendo este trabalho maravilhoso no blog.
    Todos nós agradecemos.

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  • 16/09/2009 em 12:32
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    De início achei que tinha perdido meu tempo lendo um comentário (e uma réplica) tão obtuso e cruel como o da Renata, mas os desdobramentos nas respostas do Declev e nos outros comentários me ajudaram a entender melhor a educação formal (na qual não atuo). Aos Professores (com P maiúsculo) como o Declev e os que aqui escrevem, e debatem de verdade, o meu muito obrigado por contribuirem com algo tão fundamental quanto à educação. Agradeço também à Renata por nos proporcionar estas respostas. Lamentável apenas sugerir a exoneração de quem expõe o lado amargo de seu cotidiano, sem nunca desistir de lutar. Abraços a todos.

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  • 16/09/2009 em 13:22
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    Bom dia, Declev, Renata, Ana, João e quem mais se juntar a nós!

    Acompanho o blog do Declev há um tempão e acho excelente!!! Não se pode tirar um texto do contexto e tirar conclusões a partir daí!!!
    Justamente pelo fato do Declev ser um profissional idealista e comprometido verdadeiramente com a Educação é que está sofrendo, passando por essa fase de tanto desânimo e angústia.
    Outro dia escrevi sobre a fase deprê do Declev (respondendo a um texto dele), procurando dar uma força, até mesmo porque já passei fases assim e estou entrando em uma de novo, justamente por trabalhar em escola pública onde a realidade é a que o Declev sempre descreve aqui. Portanto, sou solidária a ele, de coração.
    Dito isso, preciso meter a colher em outra discussão que surgiu aqui e diante da qual não posso me calar. Sou pedagoga, trabalho em escola pública, como já disse, já atuei como professora e também sou psicóloga, já tendo inclusive “encarado” turmas e realidades do tipo das que o Declev sempre descreve aqui, tanto como professora quanto como pedagoga e psicóloga. Isso tudo me deu a possibilidade de ter vários olhares sobre todo esse quadro da Educação hoje.
    Enquanto ficar essa guerrinha “professores X pedagogos”, “professores X alunos”, “pais de alunos X professores” ou qualquer outra do tipo, nunca haverá a união necessária para lutarmos por políticas públicas decentes e pelo cumprimento de planos de educação criados por todos e, no caso da educação pública, bancados financeiramente pelo Estado.
    Essas guerrinhas eternas, carregadas de preconceitos de todos os lados, só interessa aos poderosos que, assim, continuam manipulando o povo à vontade.
    Acho que temos que lutar na arena certa e contra os verdadeiros “inimigos” e não uns contra os outros!
    Temos que lutar pela melhoria da Educação, da Saúde, temos que cobrar que seja dada a atenção necessária aos problemas sociais, o que não tem sido feito em nosso país, se é que algum dia foi!
    Pelas mensagens daqui, a partir do que o João Carlos falou, preciso dizer: se é mais “fácil” passar no vestibular de Pedagogia, isso não significa que as faculdades de Pedagogia são todas ruins (?!?!?!), da mesma forma que as de Medicina ou de Engenharia, por exemplo, por terem um vestibular considerado mais “difícil” não são todas boas também!!! As áreas humanas sofrem muito preconceito e na Educação isso é gritante! Infelizmente, muitos professores acham que Pedagogia é uma “faculdadezinha”, onde pessoas “limitadas intelectualmente” estão, sem perceber que, na verdade, a Pedagogia é a base do trabalho do próprio professor (ou deveria ser, sem dúvida nenhuma!!!), o que os cursos de licenciatura existentes estão longe de contemplar. O curso de Pedagogia é de 4 anos, passou por uma grande reformulação recentemente, a grande maioria dos pedagogos é de professores também, que já exerceram essa profissão (informação essa que muitos professores não têm ou teimam em negar) e por aí vai.
    Quer dizer: sobram preconceitos e desinformação e faltam espírito de união e visão global do contexto, a partir de todos os pontos de vista e não só a partir de um!
    Garanto que o trabalho do pedagogo em escola, fora de sala de aula, é tão ou mais estressante do que o do professor de sala de aula, e posso dizer isso porque tive as duas experiências!!!! E preferia nem ter que me referir a elas (essas experiências), porque nem concordo com esse tipo de argumentação em que o que vale é a quantidade de tempo em que vc esteve trabalhando nisso ou naquilo para atestar se vc pode ou não dar opinião nisso ou naquilo também… Se só aprendêssemos pela experiência prática e direta, a própria escola não teria razão de existir, já que a transmissão de conhecimentos seria impossível e/ou inútil!!!!!!
    Sei que faço parte de uma minoria, que boa parte dos pedagogos têm perfil bastante diferente do meu e que existem muitas faculdades ruins nessa área, mas existem muitas excelentes também (estudei na UERJ) e eu não sou a única a ter essa visão das coisas, embora seja bastante sofrido lidar no dia a dia com isso, o que tem me feito, mais uma vez, estar a um passo de largar de vez minha matrícula…
    Estressante é enxergar o quadro todo e se sentir tão impotente diante dele, tendo que encarar, diariamente, a enorme resistência dos que trabalham em Educação em fazer justamente isso: olhar tudo e não só uma parte e não só por um único ponto de vista. E isso – essa união a partir de uma visão global – só vai acontecer quando nos ouvirmos e olharmos mais, verdadeiramente, ao invés de ficamos nessa competição besta onde um quer provar ao outro que sabe mais, o que só interessa aos governates que, enquanto isso, continuam fazendo o que bem querem e ainda fazendo marketings falsos e propagandas enganosas aos montes sobre o que está acontecendo na Educação hoje, como o Declev costuma denunciar aqui, com muita coragem e lucidez. Aliás, uma das coisas que me faz gostar tanto deste blog é justamente o fato de ver no Declev essa busca de olhar por vários ângulos e ter uma visão global da Educação, mostrando sua emoção e indignação sempre!
    Desculpem se escrevi tanto, mas é porque sei que realmente posso contribuir em relação a esse assunto e gosto de compartilhar (e tenho uma dificulade de síntese danada…rsrsrs).

    Abraços a todos,
    Regina.

    Resposta
  • 16/09/2009 em 13:27
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    Professor, tenha sua consciência limpa diante dos fatos e das críticas, use-as como degraus para alcançar seus objetivos. A coisa mais fácil e deprimente que existe é a crítica ignorante. EU sou licencianda do fascinante mudo da Bio. E vejo muito essas críticas quando questiono meus professores das matérias pedagógicas como devo aplicar as teorias nas circunstâncias da realidade do lecionar público, ainda não me deram uma resposta plausível e realista, não que os professores nã osejam capacitados, mas o que mais questiono é a dedicaçao muito mais à teorizar a educação e pouco dela viver. Muitos mestres encontram-se perdidos. A teoria pedagógica é útil, sim, mas não concordo com a forma como é tratada, com verdade única, como bióloga entendo que onde há vida existem exceções.E, muitos dos licenciandos que teem acesso ao seu blog estão se preparando melhor para a realidade fora da universidade e dos estudos teóricos. Até posto alguns artigos seus e indico a visitar aqui. PARABÉNS pela sua dinâmica capacidade de encarar a realidade não como um estorvo mas um fato que teoria alguma prepara, apenas, como a Biologia o EXPERIMENTO e EXPERIÊNCIA. Continue assim, sabemos que somos passíveis de descrenças mas também de nos desânimos acharmos forças. Abraço. Continue assim, REALISTA, não mascarando a realidade!

    Resposta
  • 16/09/2009 em 17:46
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    Pois é, Regina (que bom que você apareceu!)

    Minha filha estuda exatamente na UERJ. Mas note que eu não estava falando de Pedagogos formados e que exercem a profissão: eu falei de estudantes de pedagogia (e sei que a maioria deles sequer completa o curso). Claro que há portadores de diplomas de Engenharia e – horror!… – Medicina que são totalmente incompetentes. Mas, como você mesma observa, a área de Humanas é vista como um caminho mais curto para um diploma de nível superior. Mas deixemos de lado a questão (concordo com você: deveria haver união e não rivalidade) do curso de graduação e observemos o universo maior dos Profissionais da Área de Ensino (que também inclui muita gente sem nível superior).

    Eu sempre entendi que as catilinárias do Declev, apesar de narradas em primeira pessoa, são um reflexo dos sentimentos de impotência, frustração e inconformismo com a missão não cumprida de todos os profissionais dessa área. E, de repente, cai dos céus um recruta – que nunca viu um combate real – se metendo a criticar as reclamações de um veterano de muitas batalhas. E, a título de endosso a suas opiniões, se apresenta como estudante de um curso de pedagogia (como diria o físico John Baez, “… como se um curso superior fosse prova de sanidade mental”).

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  • 16/09/2009 em 19:50
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    É verdade, João: curso superior não é prova de sanidade mental!…rsrsrs. Agora entendi melhor o que vc quis dizer e concordo!
    Quanto a Katiane, gostaria de dizer que tanto ela não conhece ainda a realidade prática do cotidiano escolar, como a Renata também não. E o que acontece, nesses casos, é que cada uma acaba vendo uma face da moeda apenas, na minha opinião. Mas não é por isso que não podem se manifestar (embora eu ache que a Renata foi injusta com o Declev e não entendeu que ele é justamente um dos professores ainda criativos e idealistas, apesar dos pesares de se trabalhar em escola atualmente…).
    A realidade é complexa, cheia de contradições e plural. São mil “Brasis” convivendo, cada qual com sua realidade. E, mesmo dentro da realidade de cada município e estado, existem muitas diferenças de escola pra escola, segmento para segmento…
    O que eu diria pra quem ainda não está encarando o sufoco do dia a dia escolar é: mantenha a mente aberta, ouça todos os lados, lembre que o ser humano é sempre muito mais do que parece (e isso vale pra professores, alunos, pedagogos, funcionários, famílias…) e não vá munido de preconceitos ou medo excessivo. A cada um que vc ouvir, algo poderá ser revelado e isso poderá ajudar.
    Declev é realista? Sim! Concordo. Mas é especialmente realista em relação a uma parte da realidade, que ele vive mais diretamente, e acho que ele coloca isso muitíssimo bem. Sou sua fã, Declev!!!
    Mas Katiane, não pense que seus professores são meros “teóricos”, já que estão ali, ensinando também! Isto é, estão ali justamente exercendo o magistério!!! Além disso, podem ter aprendido, de “n” formas, inclusive por experiências profissionais anteriores, o que estão tentando passar pra vcs ali. Não fique fechada!
    Enfim…
    Trocar é sempre bom!!!
    Beijos a todos,
    Regina.

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  • 16/09/2009 em 20:08
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    Boas a todas e todos os amigos,

    Obrigado pelas palavras.

    E, Regina, você tem toda razão. Obrigado pela lucidez. Não é uma guerra entre ‘nós’, que lutamos por uma educação melhor.

    Abraços.

    Resposta
  • 16/09/2009 em 20:44
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    Caro Declev,
    Não se deixe abater!
    E não precisa agradecer!!!
    Considero até um sinal de sanidade mental vc escrever esses desabafos e críticas aqui. Conte com minha solidariedade!
    Um abraço,
    Regina.

    Resposta
  • 17/09/2009 em 10:10
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    Todos , olá !
    Bem , o que não posso deixar de firmar é : a Renata Lino, se até agora , nos seus 37 anos de vida , não aprendeu ser educada em suas argumentações , ela de fato está se direcionando erroneamente à pedagogia !
    Por ser agressiva e ofensiva , nunca irá harmonizar a teoria com a prática !
    Pena que ela não tenha consciência da realidade na qual está atolado o sistema de ensino público brasileiro …
    Abraços à todos !
    Somel Serip .

    Resposta
  • 07/12/2009 em 19:29
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    Que isso, colega! Vc não tem q se desculpar por nada, liberdad d expressao é um direito seu. E eu, mais uma vez, bato palmas pra ti. To ctg Declev.
    Um abraço

    Resposta
  • 05/02/2010 em 20:16
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    Parabéns, pelo seu blog. Estou lendo seus arquivos e sei que você fala do plano real da educação.
    Como todo idealista, como educador, você quer ensinar, você quer propiciar aos seus educandos um ensino de qualidade. Toda a sua revolta, a sua angústia e sofrimento é causada pela impotencia, por querer fazer e não ter chance.
    Creio que crise atual da educação é a dictomia existente entre o plano ideal e o plano real. Todo o sistema trabalha no plano ideal enquanto os docentes estão no plano real.
    Leciono História para o ensino médio, e vivo esta realidade. Segundo o plano ideal, o aluno que chega neste nível e possui um certificado de conclusão do ensino fundamental, domina todas as “habilidades e competências” necessárias para a nova fase. Entretanto, na prática, a maior parte teria dificuldades para acompanhar o programa estabelecido pelo Mec e pelas secretárias de educação, para o fundamental. Não existe dinâmica motivadora, que desperte a atenção ou o intusiasmo de um indivíduo semi-letrado, ele não vai conseguir acompanhar, não é culpa dele e também não é do professor. Não há tempo nem condições para alfabetizar esse jovem. Oficialmente, no plano ideal, este aluno está capacitado. Ele mesmo acredita que sim, afinal já tem um diploma. Este jovem desde que chegou à escola sem foi promovido todo ano, sem estudar, brincando, se divertindo. Não aprendeu a valorizar o ato de aprender, isso para ele é automático. Sou fã de carteirinha do Paulo Freire, mais o sistema me impede de colocar em prática as suas teses, explico: somos obrigados a cumprir um currículo determinado pelas instâncias superiores, dentro de três anos, aquele jovem deve estar capacitado para enfrentar o ENEM, isto é deverá ter as “habilidades e competências” que a prova vai avaliar. Quando, onde e como, posso dar ao meu aluno as “competências e as habilidades” dos seguimentos anteriores para que ele adquira as do ensino médio? Nem o ENEM ou os vestibulares das universidades públicas, abrem mão destas “habilidades e competências”. Resultado, o estudante da escola pública está fora.
    Quando tentamos colocar esta realidade em pauta, seja na sala de aula, em uma reunião ou mesmo na mídia, somos desautorizados pelas falas do plano ideal. Como? É você que não os motiva! Use o diálogo, tente novas metodologias!
    Todo o fracasso dos alunos é transferido para o professor, entretanto ninguém questiona ou analisa o sistema.
    O professor que reclama, que se angustia, que sofre não é um fracassado, pelo contrário, é um educador que ainda acredita na educação, que respeita seus alunos, acredita que o pobre tem potencial que pode crescer, se desenvolver igual ao rico.
    É muito fácil viver no plano ideal, fazer de conta que a roupa do rei (nu) é linda … Ver que o rei está nu, é complicado, dai o estresse, a revolta, a indignação.
    Declev, continue a nossa luta, o meu lema é: melhor desabafar do que enfartar. Esse blog é um espaço de cartase, é o divã que esperavamos.
    Força, saúde mental, fé e sucesso!

    Resposta
  • 07/02/2010 em 12:31
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    Grande Graça!
    Sua visão é ampla e profunda, na minha opinião, como eu gostaria que fosse a de todos os educadores (pedagogos e professores).
    Também sou bastante idealista e vivo indignada com esse estado de coisas.
    Triste realidade a nossa…
    E que ótimo termos esse espaço do blog do Declev, tipo divã mesmo, como vc colocou, pra desabafarmos!
    Beijos,
    Regina.

    Resposta
  • 21/02/2010 em 15:58
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    Regina, quero agradecer o seu carinho. Obrigada pelo incentivo. Acredito que é possível mudar, fazer melhor e construir um mundo melhor. Acabei de criar uma comunidade – Estou na Escola Pública – no Orkut para discutir sobre educação, convido-a para participar dessa comunidade. O convite também é extensivo ao Declev e a todos os leitores deste espaço.

    Beijos.

    Resposta

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