Ainda não ascendi o suficiente na escala evolutiva no quesito Paciência – apesar de achar que a tenho. Só que vejo a paciência como um copo vazio, em que as pessoas vão enchendo-o, enchendo-o, enchendo-o… até derramar. Quando derrama, é porque acabou o estoque.
Paciência é algo que certas vezes me falta. Mas falta justamente com aqueles com quem deveria ter mais. “Não tenho mais paciência com Fulano” quer dizer o quê? Que simplesmente que não tenho paciência, ou que o meu copo é pequeno pra ele? Ou que foi cheio e não foi esvaziado?
Aos outros, aos quais a tenho, a tenho porque é fácil, certo?, porque esses não precisam. Não usam o meu parco estoque. Aqueles que, por serem como são, necessitam mais, fico sem. Então, tenho pouca.
É claro que o tamanho do copo varia muito, indo do dedal ao canecão de chopp irlandês de acordo com o dia, a hora do dia, da fome, da quantidade de horas dormidas, do estresse, da quantidade e qualidade do sexo, etc.
Mas, pensando relacionalmente à proporção existente no mesmo momento distribuída a pessoas distintas, continuo tendo com quem não necessita – por não abusar – e não tendo com quem necessita – por muitos motivos.
Sempre penso nisso e fico atento quando estou em sala. Senão acaba fazendo com que trate uns e outros de forma umas e outras.
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Na mesma linha:
a) http://blog.controversia.com.br/2007/10/28/professor-profissao-perigo/
b) http://pf.filho.zip.net/arch2007-06-03_2007-06-09.html#2007_06-06_15_17_58-120461234-0
c) http://josedacosta2005.zip.net/arch2006-01-01_2006-01-31.html#2006_01-23_12_30_10-100403366-0
d) http://josedacosta2005.zip.net/arch2005-12-01_2005-12-31.html#2005_12-13_20_16_13-100403366-0