Eleição nos Estados Unidos: Obama, quem ganhou a eleição foi o mundo todo

 

Apesar de ser um sistema de certa forma inteligente – por ser proporcional aos Estados – o sistema eleitoral estadunidense é extremamente burro e ineficiente, pela forma de votar: cédulas de papel em alguns estados, confusões em outros, problemas onde tem urnas etc.

Apesar disso, desta vez a família Bulshit… ops!, família Bush, não conseguiu roubar para eleger seu sucessor.

Bastam os 8 anos de shit da família Bulshit… ops!, família Bush.

Guerras, mortes, bilhões e bilhões de dólares em armamentos e afins, conflitos, acordos pró meio ambeinte negados ou desfeitos, crises…

Considero esta uma vitória do mundo inteiro. Nunca vi em todas minhas quase 4 décadas de história, uma movimentação mundial tão grande em torno de algo.

Sentado na minha cadeira verde de esperança – e talvez repleto de ingenuidade -, vejo isso como um movimento de mudança.

Acho que esta torcida mundial revela uma vontade de mudança de mundo, uma vontade de fazer algo diferente, uma vontade de dizer basta! a determinados setores e práticas da sociedade.

 

Sim, sim… pode ser que eu e alguns bilhões de pessoas venhamos a nos decepcionar – mais uma vez, diga-se de passagem.

Pode ser que não mude nada e ele não seja nada daquilo que gostaríamos que fosse (alguém aí já passou por isso?…).

Mas o que a situação revela é muito mais profundo.

Revela o desejo de mudança.

Revela a quebra de padrões.


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Revela a mudança de determinados paradigmas.

Revela que, na verdade, os estadunidenses não são e não queriam aquilo que o mundo todo – incluindo-me – pensava que eles eram ou que eles queriam.

Se, no calor do orgulho ferido no 11 de setembro alguns apoiaram guerras sem sentido baseadas em mentiras, demonstraram hoje que não apoiam a manutenção de uma política de guerras sem sentido baseadas em mentiras.

Passei, hoje, até a gostar mais dos Estados Unidos.

2 comentários em “Eleição nos Estados Unidos: Obama, quem ganhou a eleição foi o mundo todo”

  1. Quem estiver esperando por mudanças radicais a curto prazo, pode ir tirando o cavalinho da chuva… Os EUA não vão virar, da noite para o dia, um país “verde”, não vão abandonar a caçada a bin Laden e à Al Qaeda no Afeganistão, não vão deixar de proteger a indústria doméstica com barreiras alfandegárias (essas devem até aumentar…), nem vão deixar de gastar rios de dinheiro com a “militaria” (talvez gastem “melhor”… para eles)

    Em compensação, vão sair rapidinho do Iraque (que já custou mais vidas do que o 11 de setembro, para nada…), vão investir mais na educação e nas ciências e, pelo menos, vão parar de “fingir que não vêem” as mudanças climáticas causadas pelo “american way of life”.

    O próprio Obama já deu a “senha”: “Talvez as mudanças que queremos não sejam possíveis em um ano, ou mesmo em um mandato…” Ele está apenas sendo realista: seu primeiro mandato vai ser um enorme esforço para reerguer os EUA, depois da catástrofe do governo Bush… talvez no segundo ele possa fazer algo de tangivelmente positivo — por enquanto, só vai mudar o discurso. Os EUA mostraram que não querem mais ser vistos como uma nação de arrogantes “donos do mundo” e que o sonho de Martin Luther King não era apenas um sonho…

    “Yes, they can! (Only, they wouldn’t…) Now, they can!”

  2. É verdade João, não terão mudanças imediatas.

    Mas o que está acontecendo é, em si, uma mudança.

    E o que mais me impressionou foi a imensa mobilização em favor desta mudança, em favor da retirada do bush e, automaticamente, de sua política.

    Mas vamos ver o que vai dar…

    Abraços.

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