Atos de paz são aqueles que podem construir um futuro diferente

 

Sempre achei que a melhor forma de se combater a violência é a não  violência.

Sou fã do Gandhi por conta disso.

Violência só gera mais violência. Um ato violento, mesmo que seja contra um primeiro, mesmo que seja como vingança, como uma resposta, alimenta uma roda violenta que só faz aumentar, como aquela bola de neve dos desenhos animados, catando tudo pelo caminho, até parar não se sabe onde.

Mas sei que isso é extremamente difícil de colocar em prática.

Quantos de nós – eu incluso – não temos atitudes violentas em resposta a atos violentos? Quantos não explodimos ou ao menos queremos explodir?

Mas, “olho por olho, dente por dente, acabaremos todos cegos e banguelas”…

E, não raro, agindo no calor da raiva, fazemos besteiras que nos arrependemos depois, ou mesmo graves injustiças.

Vejam, por exemplo, o caso da Escola Base.

Leiam o artigo linkado abaixo, muito interessante, do qual retiro um pedaço:

Os donos destas escolas sofreram linchamento moral: tiveram que fechar as escolas, os funcionários perderam os empregos, sofreram grave estresse e foram acometidos de doenças como a depressão, fobias, patologias do coração; também receberam inúmeras ameaças por telefonemas anônimos, e isolaram-se da comunidade. 

 

Lembro-me que a escola foi pichada, depredada e os donos sofreram linchamento moral em todos os meios de comunicação.

A população fez sua vingança… contra inocentes.


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É assim em todos os atos violentos insuflados pela mídia: mesmo sem um julgamento, condena-se e violenta-se de volta. A nossa violência é menor, é menos grave?

E foi assim também no caso da escola de Realengo.

Mas… quem o fez já estava morto. Todos os outros que um dia tiveram contato com ele ou faziam parte de suas relações, não têm nada com isso, não têm culpa. Provavelmente sofreram muito também!

Os atacam, por quê?

Por isso gostei muito da reação de algumas pessoas – moradores locais e até mesmo ex-alunos da escola – em pintar e reformar o que foi pichado e quebrado na casa.

Não dar continuidade à violência. Façamos assim.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira
Ainda em construção

2 comentários em “Atos de paz são aqueles que podem construir um futuro diferente”

  1. Rapaz,é isso mesmo:não compactuar ccom a violência que nos cerca.Já fui injusto com muita gente quando agi ou reagi com violência.Por isso estou afastado da sala de aula.Não por destempero emocional ou pavio curto ou sei la´mais o que.Mas por conta de depressão e burn out que me impede até hoje de ter um contato masi saudável com as pessoas.Na sala de aula sentia-me acuado e com medo e,como qualquer animal acuado,eu mordia e arranhava.
    Estou há 2 anos de licença psiquiátrica e passo a maior parte do tempo dentro de casa com meus violões e minha gata Antônia que é albina e surda(eis um caso de pleiotropia,Mestre Declev!).

    1. Oi Valter,

      Estou chegando lá…

      Quando saio da escola e chego em casa, a única coisa que quero fazer é deitar, ver tv ou desenhar.

      É uma felicidade indescritível não ter que colocar os pés pra fora de casa. E um sofrimento ter que ir à escola.

      É pena que nos acabem tanto assim…

      Abraços,

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