No processo para acabar com a profissão de professor, agora atacam as… férias, professor, férias!!!

 

Parece que, ao contrário do que se deveria fazer, ao invés de valorizar cada vez mais a profissão do professor, atraindo para o magistério os melhores profissionais, faz-se o contrário.

Achata-se cada vez mais o profissional, retirando direitos, diminuindo a auto-estima, sobrecarregando de responsabilidades impossíveis, desvalorizando-o financeiramente.

Projeto de lei em São Paulo divide as férias dos professores em duas: 15 dias em janeiro e 15 dias em julho.

Todos sabem que os professores sempre tiveram suas férias (30 dias) em janeiro – mês de extremo calor no Brasil – e ainda têm um recesso reparador no meio do ano.

Antigamente (na minha época de aluno era assim) tínhamos praticamente dois meses ou mais no final/início do ano mais todo o mês de julho – 3 meses no total.

E… as crianças aprendiam!!!

Sei que muitas variáveis se encontram nesta equação, mas é justamente por isso que a simples diminuição das férias e/ou aumento dos dias letivos não são os remédios adequados á padecente educação.

Pelo contrário, pode ser um tiro que sai pela culatra.

Por quê?

Porque o trabalho diário em uma escola é extremamente extenuante.

Porque chega-se a um momento que não rende mais, é contraproducente.

O professor é o típico profissional que chega a ter doenças profissionais que quase chegam à qualificação de epidemia:


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Isso não é a toa!

 

Os professores e alunos precisam destes tempos de separação para reiniciar o processo de ensino-aprendizagem com a qualidade necessária.

As últimas mudanças ocorridas na educação já vêm colaborando para sua decadência – tiros pela culatra: a mudança de 180 para 200 dias letivos; a obrigatoriedade de enfiar todo mundo na escola sem dar as condições adequadas a isso; o achatamento salarial, etc.

Querem dar mais tempo para os professores e alunos se integrarem em um processo de ensino-aprendizagem de qualidade? Então:

ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL, como já disse aqui várias vezes, com seus necessários detalhes (professor em uma só escola, profissionais de apoio, estrutura adequada, etc.).

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira
Na campanha por 3 meses de férias/descanso/recuperação psíquica!

ps.:

Detalhe que, por lei, as férias têm que ser oferecidas de uma só vez:

CLT – Art. 134.
As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

Só em casos excepcionais elas podem ser parceladas:

CLT – Artigo 134…
§ 1º – Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.

O que tem este caso de excepcional?

3 comentários em “No processo para acabar com a profissão de professor, agora atacam as… férias, professor, férias!!!”

  1. Não há professores no legislativo? Por que não fazem essas leis ou derrubam as erradas?
    E os professores não são articulados para mobilizarem a sociedade? Eu acho que os professores não podem fazer greve só de professores, tem que puxar os alunos e os pais também.

  2. Indiara Nunes

    Olá caros colegas,infelismente em nosso meio político acredito que não haja uma só figura da nossa classe e é por isso o descaso,por que as pessoas atualmente só se preocupam com o que lhes atinge diretamente.Se seus filhos e netos vão sair no prejuíso isso é um problema deles e nosso apenas.Só vai doer o dia em que for nos bolsos desses “políticos”.Abraços.

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