Retorno à escola: a certeza de que vamos de mal a pior – e de que o Brasil não tem jeito

 

Como disse há pouco, voltamos.

E como digo no título, é melhor fechar o Brasil e começar de novo.

Cada vez que muda, parece que a escola piora. Mesmo importando de outro estado uma secretária de educação genteboa tão experiente. Meu recado a ela já foi dado na Carta Aberta à Futura Secretária de Educação do Rio de Janeiro – Cláudia Costin. Mas este é mais um de um monte.

É o que dá termos uma secretária que acha que a culpa pela má educação é dos professores,  que eles não sabem fazer o seu trabalho e, por isso, ela tem que nos ensinar.

Isso pode ser dito diretamente, ao verbalizar a pérola “quando um aluno é reprovado é sinal que o professor falhou” – já devidamente comentado na “Carta Aberta…” – ou subliminarmente, através dos maravilhosos textos que estamos recebendo.

Sinceramente, acho que a secretária deveria ler mais os textos produzidos pelos professores que estão dentro das escolas – como é o meu caso e de outros colegas – do que as hipóteses e maravilhosos achismos dos especialistas das universidades – muitos dos quais nunca pisaram numa sala de aula em uma escola pública de periferia.

Não sei nem por onde começar…

São tantas as aberrações – ao meu ver, são aberrações – que não encherei o saco de vocês com um artigo de 20 páginas. Por isso este é o primeiro da série, apesar de ser enorme. Que que eu posso fazer, se tudo o que leio me pauta?

Vamos começar pela “novidade” do ano, que é a revisão e diagnóstico das dificuldades dos alunos.

Todos os alunos e professores receberam uma apostila de revisão, que deveríamos – digo deveríamos, porque eu e grande parte acabamos não utilizando – trabalhar com os alunos neste primeiro bimestre.

Vamos, neste primeiro artigo, analisar a carta que recebemos junto às apostilas e ver o que se esconde no discurso da atual secretaria.

Diferentemente do artigo de jornal que utilizei na “Carta aberta…”, aqui transcreverei a carta inteira – ressaltando em negrito os pontos em que farei minhas considerações logo abaixo -, pois que toda ela são palavras da própria, e para não parecer que eu esteja editando-as.


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Divirtam-se:

 

“Caro(a) professor(a),

Iniciamos o ano letivo de 2009 propondo a parceria em um projeto ousado e inovador (1) que, temos certeza, fará a diferença no processo de aprendizagem de nossos alunos, contribuindo de forma efetiva para seu sucesso escolar e sua participação ativa e crítica em nossa sociedade (2).

Consideramos que a função básica da escola é possibilitar aos alunos desenvolverem de forma plena todo o seu potencial intelectual, incentivando-os em suas tentativas, aplaudindo seus acertos e não os deixando desestimular quando, por vezes, não obtiverem sucesso (3).

Nessa perspectiva, é que resolvemos dedicar o início do ano letivo a um grande trabalho de revisão dos principais conteúdos (4) que nossos alunos aprenderam no ano anterior, de maneira que possamos detectar, logo no começo, as necessidades específicas de cada um deles (5), os obstáculos a serem superados em seu processo de aprendizagem e, dessa forma, possibilitar a você, professor, a realização de um planejamento centrado na realidade de sua sala de aula (6).

Estamos oferecendo a você, professor, um material que servirá de apoio ao seu trabalho nesse período de revisão, comum a toda a Rede (7), ao fim do qual serão aplicadas provas de Língua Portuguesa e de Matemática (8), cujo resultado nos oferecerá subsídios para termos um retrato consistente do nosso alunado (9) e, dessa forma, podermos estabelecer nossas prioridades (10) para o ano letivo que se inicia.

O trabalho a ser desenvolvido com os alunos nesse período de revisão deverá ter como enfoque prioritário as questões relativas à leitura e ao desenvolvimento do raciocínio lógico, por entendermos que são esses os dois pilares fundamentais de todo processo de ensino-aprendizagem.

Portanto, todo o trabalho desenvolvido pelos professores das diversas áreas do conhecimento, nesse período, deve ter como foco a questão da leitura e a interpretação de texto (11), instrumentos essenciais para que os alunos possam se apropriar do universo amplo e diversificado de conhecimentos que a escola apresenta e possam desenvolver as habilidades necessárias para sua construção segura e efetiva, tornando-se sujeitos autônomos, capazes de tomar decisões e poder trilhar com segurança o caminho escolhido (12).

Bom ano letivo para todos.

Claudia Costin

Secretária Municipal de Educação”

 

Ai meu Deus… dai-me sabedoria, discernimento e muita calma nesta hora.

Por partes:

(1) … propondo a parceria em um projeto ousado e inovador

Prezada Secretária, “parceria” é, segundo o dicionário: “Reunião de pessoas por interesse comum; sociedade, companhia”.

Algo que recebemos vindo de cima, empurrado em nossas gargantas abaixo, não é parceria, é imposição. Isso é quase que chamar de parceria a relação entre o produtor de Foie Gras e o coitado do ganso.

E, sinceramente, o que é “ousado e inovador” em se fazer uma revisão de conteúdos e aplicar uma prova de múltipla escolha de Português e de Matemática?!?

SEMPRE se fez isso. SEMPRE. Todo ano o município aplica uma prova de Português e de Matemática para diagnóstico da rede. Português e Matemática. Procure nos arquivos por aí.

(2) … contribuindo de forma efetiva para seu sucesso escolar e sua participação ativa e crítica em nossa sociedade

Sinceramente, secretária, não acredito que um projeto baseado em conteúdos e em provas de múltipla escolha de Portugês e Matemática – iguais a toda a rede do Rio de Janeiro – seja capaz de contribuir para o sucesso escolar do aluno e muito menos para a sua participação ativa e crítica em sociedade.

A sua participação ativa e crítica passa exatamente por um trabalho extremo oposto a isso.

(3) … não os deixando desestimular quando, por vezes, não obtiverem sucesso.

Este parágrafo inteiro é tão retórico que nem merecia ser comentado. Mas só para não passar em branco, vale olharmos esta última frase.

A primeira ação – aliás, foi até uma pré-ação – deste governo, foi acabar com o que foi denominado popularmente por “aprovação automática”.

Independente da minha opinião sobre a reprovação – sou contra, mas ainda terei oportunidade de destrinchar os porquês – a reprovação não é, definitivamente, a melhor forma de não desestimular um aluno quando não “obtém sucesso”.  Como se fosse única a forma de “obter sucesso” em educação.

Se procurarmos nos mais modernos pensadores em educação, assim como entre os fazedores, a tendência é ser contra a reprovação, justamente por ser historicamente injusta e ineficaz.

É claro que a promoção automática simples e só, sem mudar a escola, não faz sentido. Mas a reprovação simples e só, faz menos ainda.

(4) … trabalho de revisão dos principais conteúdos

Conteúdos? Isso é que é “ousado e inovador”?

Eu tenho trabalhado nestes meus 10 anos de magistério justamente no sentido contrário disso, por acreditar que a necessidade que o professor tem de “dar a matéria” é ineficiente em uma educação de qualidade…

 

Esses “conteúdos” históricos são, muitas vezes, socialmente injustos, subjetivamente sem sentido e de uma quantidade despropositada.

E, ao final, só servem para produzir um grande filtro no vestibular – que cobra tais conteúdos e deixam passar aqueles que tiveram estrutura de vida condizente para decorá-los.

(5) … detectar as necessidades específicas de cada um deles …

As “necessidades específicas de cada um deles” está muuuuuuuito anterior aos “conteúdos”.

(6) … possibilitar a você, professor, a realização de um planejamento centrado na realidade de sua sala de aula

Agradeço muito a possibilidade, secretária, mas TODO planejamento que fazemos – com exceção dos maus professores, mas aí não tem jeito mesmo – é centrado na realidade de nossa sala de aula!

E a realidade da sala de aula, secretária, NÃO nos é dada por uma prova externa de múltipla escolha, mas por inúmeras formas de diagnóstico que nós fazemos naturalmente, pois que isso é inerente à nossa profissão: conversas com os colegas, conversas com os alunos, redações, provas (sim, mas nossas!), revisões de matérias, exercícios, deveres de casa, conversas com responsáveis, observações in loco, etc.

Por fim, secretária, a realidade de minha sala de aula – e de meus alunos – é cruel: salas abarrotadas (35-40 adolescentes); quentes, muito quentes; barulhentas ao extremo; empoeiradas; alunos carentes de tudo o que a sociedade não dá para eles e o governo idem.

Não precisamos de uma prova pra saber isso, certo?

(7) … material que servirá de apoio ao seu trabalho nesse período de revisão, comum a toda a Rede

Ora, ora… a Rede tem mais de 1.000 (mil) escolas, situadas em áreas tão díspares como a Zona Sul, a Zona Oeste e o Caju; áreas altamente urbanizadas e áreas praticamente rurais; áreas dominadas por tráfico de todas as facções…

E você acha que está nos propondo um projeto “ousado e inovador” baseado em revisão de “conteúdos” iguais “a toda Rede”?!?

Oras, secretária, não me faça rir!!!

Depois, você vai dizer por aí que os professores do município são fracos e por isso a educação está tão ruim!

Faça-me o favor!

(8) … provas de Língua Portuguesa e de Matemática

Faço a mesma pergunta anterior, com um final diferente: você acha que está nos propondo um projeto “ousado e inovador” baseado em provas de Língua Portugues e de Matemática?!?

Eu já escrevi sobre o que acho da priorização destas disciplinas. Acho bom a senhora dar uma lida e, quiçá, achará algo um pouco mais inovador e ousado para implantar:

O que é uma boa educação;

Sou contra a priorização do Português e da Matemática.

(9) … retrato consistente do nosso alunado

Retrato consistente do nosso alunado, secretária, sinto muito dizê-lo, mas quem tem são os professores que estão lá dentro, em sala. E temos estratégias para conseguir isso, além das já citadas no número 6.

Se a senhora se dignasse a perguntar, poderíamos responder.

Estava eu conversando com uma colega sobre esse assunto e comentei de que eu sempre procuro fazer um (re)conhecimento dos meus alunos no início do ano. Disse a ela que este ano iniciei minhas atividades (apesar do caderninho de revisão que, confesso, não utilizei…) com uma redação.

Queria com a redação ver a capacidade deles de elaborar um texto, sua escrita, lógica de pensamento, além de aproveitar para conhecê-los e fazerem-se (re)conhecer.

Para isso, disse a ela, o tema da redação proposta foi “Quem sou eu?”. Na redação eles podem escrever sobre tudo da vida deles que queiram. Tudo.

Qual não foi nossa surpresa esperada quando ela me mostrou suas atividades iniciais… adivinha? O tema era “Quem sou eu?”!!!

Preciso dizer mais alguma coisa?

(10) … podermos estabelecer nossas prioridades

Nossas de quem, secretária? As suas, pelo jeito.

As minhas prioridades são outras. Veja alguns outros escritos meus, se quiser saber: Manter a criança na escola, mas qual escola?

Por outro lado, as suas prioridades já se nos farão sentir, pois soube hoje que a senhora nos retirou a gratificação “difícil acesso” e pretende ainda retirar a gratificação “bônus cultura”. Além do nosso carinhosamente apelidado de “Vale Perú”…

É uma ótima estratégia e fantástica prioridade: entrar diminuindo o salário do professor. Como não pode diminuir o próprio, come pelas beiradas e retira as gratificações.

E depois vem dizendo que tem “parceria”.

Sem comentários.

(11) … todo o trabalho desenvolvido pelos professores das diversas áreas do conhecimento, nesse período, deve ter como foco a questão da leitura e a interpretação de texto

Prezada secretária, como creio que você nunca deve ter pisado numa sala de aula de ensino fundamental de uma escola pública de periferia, deixa eu te dizer uma novidade: TODOS os professores das diversas áreas do conhecimento têm como foco as questões da leitura e interpretação de texto DURANTE TODO O ANO.

Simples assim.

(12) … tornando-se sujeitos autônomos, capazes de tomar decisões e poder trilhar com segurança o caminho escolhido …

Esta é extremamente paradoxal.

Você acha que, com estas ações, o aluno se tornará sujeito autônomo, capaz de tomar decisões e de trilhar o caminho escolhido…

  • retirando toda a autonomia da escola e do professor?!?
  • Idiotizando o professor com os textos e “instruções” recebidas?!?
  • Diminuindo o salário do professor?!?
  • Igualando todas as escolas da Rede com um caderninho de revisão igual e iguais provas de múltipla escolha de somente Portugês e Matemática?!?
  • Ignorando as especificidades de todos os diferentes?!?
  • Não dando a eles a opção do que querem e como querem estudar?!?
  • Não dando às escolas autonomia para seu trabalho?!?
  • Não dando ao bom professor crédito para suas ações que dão certo?!?
  • Sem nem procurar saber dos bons professores suas ações que dão certo?!?
  • Sem buscar as reais necessidades das escolas, alunos, professores?!?

Senhora secretária: eu sou um ser autônomo, capaz de tomar minhas próprias decisões e de trilhar com segurança o caminho que escolhi.

E este caminho é o de uma educação diferente do que existe, na qual os alunos têm vidas próprias; na qual todas as disciplinas têm importância; na qual as formas de ver e ler o mundo vão muito além do papel, mas que nem por isso a escrita deixa de ser extremamente importante; na qual provas de múltipla escolha como as que recebemos não tem nenhum valor; na qual a sala de aula ideal NÃO é abarrotada de gente…

E gostaria de ser respeitado por isso.

Declev Reynier Dib-Ferreira

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Prticipe do Movimento:

SE EU FOSSE SECRETÁRIO(A) DE EDUCAÇÃO, O QUE EU FARIA?

10 comentários em “Retorno à escola: a certeza de que vamos de mal a pior – e de que o Brasil não tem jeito”

  1. Valéria Peixoto

    É até engraçado , eu tenho um trabalho para apresentar na faculdade sobre planejamento educacional , rsrsr….a principio tinha so noções basicas….depois de ler o artigo escrito acima…vou ter que usa-lo para minha apresentação.Mas como professor sofre…e pior ainda é uma secretaria enviar essa carta de planejamento sendo que ela nem tem conhecimento de como está sendo misnistradas as aulas nas escolas…realmente Declev o Brasil vai de mal a pior ….que vergonha…afffffff!!!!!!!

    1. Oi Valéria,

      O problema é a pressão que os secretários sofrem para fazer algo. A educação está muito muito ruim. Aí eles têm que deixar a sua “marca”.

      Mas a grande falha de todos eles, é pensar que os professores são os culpados e que não sabem fazer uma educação de qualidade.

      Sei que há muitos professores ruins, é verdade. Mas se os secretários de educação nos tivessem como aliados – e não como inimigos – talvez ajudássemos a mudar.

      Agora, ela entra, não pergunta nada, nos diz o que devemos fazer e ainda abaixa nosso salário. É mole?

      Abraços.

  2. dei graças a Deus por estar aproveitando minha LE depois de 24 anos de magisterio no municipio do rio de janeiro ja vi de tudo e realmente a cada ano tudo fica pior no inicio falavam de piaget depois freinet este eu conheço bem fui educada na frança e o metodo era adotado mas que diferença havia no maximo 20 alunos na sala de aula aula o dia todo menos quinta feira passeios a museus e pelo campo eram frequentes a escola inteira nao tinha mais de 100 alunos pensei em fazer algo assim mas tinha 45 alunos na sala quente bem quente a escola perto de uma das mais violentas comunidades do rio se fossemos passear haveria o risco de perder alguns alunos com balas perdidas nem pensar leva los a museu consegui uma vez com muito trabalho para que a cre nos dar um onibus velho para levar os alunos e uma unica vez no ano porque a fila dos pedidos era imensa bem creio que todos nos ja passamos por isso agora e ter um pouco de paciencia que daqui a algumas semana a novidade sera esquecida e tudo fica igual o unico consolo que tenho e que destro dessa realidade eu tentei fazer o possovel assim como todos os meus colegas independente dos desvarios dos dirigentes da secretaria de educaçao

    1. Oi Irma,

      Aplicar Freinet (que acredito) com a estrutura que nos dão é quase uma piada.

      O que eles querem é que nós consigamos manter nossos 43 adolescentes sentados em sala e que consigamos “passar a matéria toda”.

      E que depois eles, por sua vez, consigam decorar e acertar todas as questões em uma prova de múltipla escolha igual a toda a rede, independente da sua própria realidade.

      E isso com o salário mais baixo, pois que não merecemos o que ganhamos.

      Abraços.

  3. Pingback: Fique por dentro Escola » Blog Archive » Retorno à escola: a certeza de que vamos de mal a pior – e de que …

  4. Dirce Lima

    A bem da verdade, manter os alunos em sala ou na escola, tanto faz para eles, sempe foi a prioridade. Conteúdo, passou a ter importância já que a situação vergonhosa em que se encontra a educação no Brasil rompeu os muros das escolas, inundou as secretarias e preocupou os governantes sedentos de mais uma verba -dinheiro para encher seus cofres que dizem sempre vazio. Quando vazio mesmo só nossos bolsos. As escolas continuam sem condições de oferecer o mínimo de estrutura para se desenvolver um bom trabalho: a minha recebeu vários computadores do governo federal há anos e até hoje os alunos não podem usá-los porque a carga elétrica da escola não comporta tantos computadores ligados e sequer podemos requisitar o serviço da Light! SÓ A CRE PODE FAZÊ-LO. Eles brigam entre si enquanto os computadores viram sucata. Desperdício de material e dinheiro. Dinheiro público!
    Não tenho nada contra o fato de cada governo querer dar o seu tom ou deixar a sua marca na sua administração.Desde que respeitem o nosso trabalho. Desde que respeitem o trabalho de cada escola. Desde que não tirem do nosso salário as custas dessas mudanças. E para essas mudanças que a senhora secretária pretende implantar nós somos realmente dispensaveis. Tomar conta de provas e corrigí-las com gabarito, qualquer um faz.
    Mas a luta tem que continuar. E essa etapa da luta está apenas começando.
    abraços!

    1. Isso, Dirce!

      Este projeto ousado e inovador, qualquer um poderia fazê-lo e de fato todos fazem todos os anos.

      Mas ousado e inovador seria a Secretária fazer um questionário perguntando A NÓS, QUE ESTAMOS LÁ DENTRO, quais as nossas necessidades! Por que não conseguimos fazer uma educação decente? O que queremos para realizarmos um bom trabalho? Em que ela pode nos ajudar a desenvolver nosso trabalho? Em que a escola precisa mudar pra ser melhor?

      As respostas, em sua grande maioria, eles já sabem:

      – Menos alunos em sala;
      – Uma boa estrutura (o problema de sua escola não é o único!)
      – Bom salário;
      – Mais tempo para desenvolvermos nossas atividades…

      E por aí vai.

      Mas ela acha que sabe o que a escola precisa.

      Vai dar com os burras n’água.

      É uma pena.

  5. francisco scalercio

    declev , meu amigo tambem estou trabalhando numa casa de detençao igual a sua. entao deveriamos tirar as fotos de todas as casas de detençao e encher o email do senhor prefeito e de sua secretaria com essas fotos
    do seu amigo e ex colega de mascarenhas franciso de matematica

    1. Fala Francisco, como está?

      O problema é que o senhor prefeito e sua secretária gestora não educadora não devem ler emails.

      Devem ter uma equipe de pessoas só para ler e deletar emails.

      Quanto mais de professores, profissionais que eles tem certeza de serem os culpados pela má educação brasileira!

      Abraços.

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