Não sou sexólogo, mas, como professor – especialmente como professor de ciências –, sou quase sexólogo.
Poderia lançar mão da opção de tratar superficialmente este tema, trabalhando apenas aspectos técnicos, tais como a estrutura dos sistemas reprodutores, por exemplo, mas enveredo pelos aspectos sociais e pessoais da questão.
Passa a ser uma forma de trabalhar o conteúdo curricular corpo humano – sistema reprodutor e, ao mesmo tempo, desenvolver uma educação sexual, tão necessária à faixa etária à qual leciono – entre 11 a 14 anos.
Procuro deixar os alunos e alunas à vontade, falando abertamente de quaisquer questões e respondendo todas as dúvidas.
Para isso, este ano fiz a seguinte dinâmica:
- Distribuí pedaços de papel em branco, iguais, para os alunos escreverem perguntas sobre qualquer assunto relacionado ao grande tema sexualidade.
- Cada aluno poderia escrever quantas perguntas quisesse, uma em cada pedaço de papel.
- As perguntas foram feitas anonimamente. Assim, ninguém saberia quem escreveu esta ou aquela – ao menos que as fizessem juntos, o que também poderia. Nem eu mesmo sabia de quem era.
- Os pedaços de papel foram colocados em uma “urna” – qualquer recipiente –, da qual eram retirados um a um, tendo sua pergunta respondida e debatida.
Isso gerou um grande interesse, lógico… este assunto eles adoram debater.
E se sentiram, ao mesmo tempo, livres para falar de todas as dúvidas.
Inclusive para fazer uma série de perguntas sobre… minha vida sexual!
Adolescentes!
Abraços,
Declev Reynier Dib-Ferreira
Professor sexólogo
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