Rotina de estudos – como fazer?

O artigo ãbaixo aborda a importância de uma rotina de estudos assertiva no processo de aprendizagem do estudante e oferece dicas infalíveis para montar o cronograma.

Segundo uma pesquisa realizada pelo C6 Bank, 46% das crianças e adolescentes relataram estar com dificuldade no processo de aprendizagem após o ano de 2020.

Esse dado reforça a importância de uma rotina de estudo assertiva. Por isso, trouxemos um artigo com dicas para montar o melhor cronograma de aprendizagem.

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Rotina de Estudos – Como fazer?

Acredito que essa seja uma ótima oportunidade de trazer para uma discussão, afinal, sem uma rotina de estudos, nossos alunos não conseguem aprender!

Então, vamos ver dicas para se planejar com assertividade para uma Rotina de estudos.

Uma rotina de estudos assertiva é vital para o sucesso dos estudantes.

Por Fernanda Cifali

A pandemia da Covid-19 causou diversos impactos na população, inclusive nos estudantes. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pelo C6 Bank em parceria com o Datafolha, 46% das crianças e adolescentes relataram estar com dificuldade no processo de aprendizagem após o ano de 2020, dado que reforça a necessidade de uma rotina de estudos assertiva.

Embora a experiência de aprendizagem nos ambientes escolares seja imprescindível, ela não necessariamente ajuda na fixação do conteúdo. Isso decorre da revisão, pois é nesse momento que as dificuldades são identificadas e as dúvidas geradas. Por isso, é essencial que os estudantes definam uma rotina, bem como as melhores metodologias e tecnologias, para que o equilíbrio entre os estudos e o lazer aconteça. Dessa maneira, é possível mitigar dificuldades e atingir resultados mais satisfatórios, principalmente nos vestibulares.

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A importância de criar uma rotina de estudos

Um dos primeiros passos para criar uma rotina de estudos é escolher o método mais adequado, que pode variar de acordo com a rotina de cada estudante. Essa definição se faz necessária, pois depois de usar a memória de curto prazo para compreender o conteúdo, o estudante precisa adotar estratégias que ajudem a fixar esse conhecimento na memória de longo prazo.

Dado que a memória de curto prazo tem um tempo estimado entre 1 e 6 horas de duração, o estudante necessariamente precisa revisitar o conteúdo aprendido dentro desse espaço de tempo, a fim de fixar os conteúdos que poderão ser lembrados em momentos decisivos, como em avaliações e concursos.

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Dicas de métodos aplicáveis

Um método muito recomendado consiste no estudante ensinar a matéria para o espelho, ou seja, para si mesmo. Segundo a pirâmide de aprendizagem pensada pelo psiquiatra americano William Glasser, a porcentagem de retenção do conteúdo quando se ensina para outras pessoas é de 95%.

Mesmo que não se tenha domínio do conteúdo, falar sobre o assunto em voz alta, explicando da própria maneira, ativa diversas partes sensoriais do corpo, que são reativadas no momento da prova, trazendo as memórias necessárias para relembrar os principais pontos da matéria.

Além desse, existe o método Pomodoro, criado pelo italiano Francesco Cirillo, que consiste em dividir o estudo em intervalos de 25 minutos, chamados de pomodoros, colocando uma pausa de 5 minutos entre cada um. Dessa forma, o cérebro consegue descansar e retomar os estudos com uma melhor velocidade e rendimento.

Outra dica é acionar a coordenação pedagógica da instituição de ensino, que pode ajudar a identificar e escolher o melhor método, capaz de auxiliar o estudante a ter êxito em seus objetivos acadêmicos sempre de acordo com os conteúdos vistos no ambiente de aprendizagem.

Independentemente do método escolhido, é importante que o estudante se envolva totalmente no processo e mantenha uma postura ativa diante de seu aprendizado. Quanto mais engajado ele estiver com o tema, mais aprende efetivamente sobre ele.

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Tecnologia: uma aliada nessa jornada

O avanço da tecnologia também têm ajudado a rotina de estudo de crianças e jovens. Atualmente, existem diversas ferramentas e vídeos na internet que conseguem aprimorar a experiência de aprendizagem.

Plataformas de simulados, por exemplo, conseguem mapear o desempenho e identificar as dificuldades em cada matéria. Isso é de extrema valia no Ensino Médio, quando os estudantes estão se preparando para os vestibulares, pois os professores conseguem identificar déficits e, assim, auxiliar no cronograma de estudos de uma forma mais assertiva.

Mas, é preciso tomar cuidado para que a tecnologia não se torne uma distração. Os celulares, tablets e computadores, no momento do estudo, devem ser utilizados exclusivamente para a aprendizagem e não para outros fins.

Escola e família: aliança poderosa

Mesmo com a definição de um cronograma e a escolha do melhor método, ainda existem empecilhos nessa jornada que dificultam a realização de uma rotina de estudos eficaz, como o dia a dia familiar. Isso pode virar um problema quando o estudante vive em um ambiente movimentado, sem a possibilidade de estudar em um lugar silencioso. Inclusive, ainda de acordo com a pesquisa do C6Bank, dois em cada cinco estudantes relataram perda da capacidade de concentração após a pandemia.

Desafios como esse podem ser identificados durante conversas com os estudantes e, nestes casos, a coordenação deve conscientizar a família para que seja definido os melhores horários para o estudo, um ambiente tranquilo e sem distrações, para garantir a aprendizagem completa.

Por fim, é importante ressaltar que, mesmo com o apoio das técnicas elencadas, o acompanhamento dos profissionais de ensino dia após dia é essencial. Apenas dessa maneira é possível acompanhar a progressão de perto e garantir melhores níveis de aprendizagem, lembrando sempre que aprender não é decorar ou simplesmente memorizar; é experienciar, fazer parte e praticar.

Fernanda Cifali é Orientadora Educacional das Séries Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio da unidade do Rio de Janeiro da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.

 

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