Tudo o que há de problema na sociedade, deve ser “discutido e ensinado” na escola.
Viramos, realmente, a panaceia social.
Acredito no poder da escola, sem dúvida, mas alguns fatos devem ser analisados com as minúcias necessárias, se queremos que assim seja.
Para que os alunos pudessem estar mais tempo na escola, aumentou-se de 180 dias letivos para 200 dias, sacrificando professores e alunos.
Sacrificando, sim, porque o trabalho na escola é tão desgastante (só sabe quem tem a pimenta nos olhos) que chega um ponto em que não rende mais.
Depois, também para dar “mais tempo” ao aluno, para mudar o paradigma tempo/espaço na escola e combater o fracasso escolar, criou-se (aqui no Brasil copiou-se) a escola em “ciclos”.
Ora, que tempo a mais seria esse, se o aluno está na escola, independente de se em séries ou ciclos, quatro a cinco horas por dia, 5 dias por semana, 200 dias por ano por nove anos?
Pra mim, é o mesmo.
Querem que a escola seja de fato a panaceia?
- Escola de tempo integral (professores e alunos);
- Professores bem remunerados e valorizados, com tempo para aula e para planejamento, para formação continuada, para desenvolvimento de projetos pedagógicos próprios, atendimentos em pequenos grupos, etc. (1/3 é pouco!);
- Escola bem estruturada (material e pessoal);
- Salas diferenciadas (de artes, teatro, ciências, esportes, danças, oficinas, informática, leitura, etc.) em bom estado de funcionamento, com materiais e com pessoal adequado para dar suporte ao professor.
Fora disso, gestores, é desvio de dinheiro (mesmo que “legal”, imoral) para chover no molhar, enxugar gelo ou, simplesmente, melhorar um determinado índice qualquer, sem relação com a verdadeira educação.
Abraços,
Declev Reynier Dib-Ferreira
Professor
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