————————————————————————————-
Esta pequena seleção eu retirei de dois livros: Meio Ambiente: A Lei em Suas mãos e Meio Ambiente: Aplicando a Lei, dos autores: Estela Neves e André Tostes (que foi meu professor na especialização), da Editora Vozes, Petrópolis, 1992 (ambos).
Os livros estavam esgotados na época, acho que ainda hoje. Têm dicas interessantes de como agir caso saibamos de algo, o que nem sempre sabemos o que fazer né?
Não entendo muuuuito do assunto, então se houver algum erro, ou mesmo atualizações, pode comentar que eu conserto.
Divirtam-se…
O que é PODER PÚBLICO…
Essa expressão abrange o conjunto de órgãos investidos de poder, autoridade para realizar os objetivos do Estado.
Quem tem COMPETÊNCIA PARA CRIAR LEIS de defesa do meio ambiente…
No Brasil, os três centros autônomos de poder (a União Federal, os Estados e os Municípios) podem produzir normas jurídicas sobre meio ambiente. É uma competência comum aos três. Mas atenção: comum não á sinônimo de igual. Estas competências são de diferentes naturezas: a União pode produzir normas gerais, os estados podem criar normas de âmbito regional, e os municípios podem criar regras dentro do campo de interesse local.
O que é PATRIMÔNIO AMBIENTAL…
A Constituição federal diz que o meio ambiente é um bem de uso comum do povo. Isso quer dizer que o meio ambiente tem valor, é uma riqueza social que não pode ser individualizada. O Poder Público é o seu guardião. Somente ele dispõe dos meios para garantir a proteção desse bem. Estas riquezas, ou bens ambientais, tanto podem ser concretos (florestas, rios), quanto imateriais (a história de uma comunidade, sua cultura, seu conhecimento do lugar onde vive), representados em manifestações artísticas concretas.
PRECISA DE UMA RENDA EXTRA??
Com o app abaixo, você ganha Cashback em cada compra sua e ganha 50 REAIS a cada indicação!
O que é INTERESSE DIFUSO…
O meio ambiente é considerado um bem de interesse difuso. Isso quer dizer que une pessoas não muito bem identificadas: os usuários da água de um rio, os consumidores de uma mesma marca de extrato de tomate, etc.
O que é DANO AMBIENTAL e RESPONSABILIDADE OBJETIVA…
Dano ambiental quer dizer estrago, prejuízo ao meio ambiente ou algum de seus componentes. Em 1981, a lei no 6.938, instituiu o princípio segundo o qual os responsáveis por danos causados ao meio ambiente devem ser responsabilizados e obrigados a reparar o estrago. Esta lei previu uma ação específica para a cobrança dos danos, que foi regulamentada em 1985 pela lei no 7.347: a ação civil pública. A partir dela, a situação dos agressores pode mudar radicalmente: basta que se comprove a existência do dano e se identifique o causador. Não importa que tenha havido intenção de dano, que tenha sido sem querer. A esta responsabilidade, que independe da vontade do causador, mas que se prende aos efeitos de seus atos, se chama responsabilidade objetiva.
Principais DIREITOS e DEVERES da legislação ambiental brasileira…
Os deveres relativos ao meio ambiente recaem sobre o Poder Público e a sociedade. A Constituição federal afirma que são ambos responsáveis pela defesa do meio ambiente. Alguns deveres cabem exclusivamente ao Poder Público, outros a ambos. O Estado não pode deixar de cumprir com uma responsabilidade considerada sua, ao contrário do cidadão, que pode deixar de exercer algumas responsabilidades, abrir mão delas, das que não são obrigatórias por lei. A lei diz expressamente que se houver omissão de autoridade pública, configura-se crime.
São os principais DIREITOS do CIDADÃO:
– Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado;
– Direito de estar informado sobre a situação do meio ambiente e sobre a ação do Estado em sua defesa;
– Direito de ter reparados os danos ao meio ambiente, penalizando o responsável e ressarcidos os prejuízos;
– Direito de se educar sobre as questões ambientais;
– Direito de ter áreas especialmente protegidas;
– Direito de ter o ambiente adequado à sua saúde.
São os principais DEVERES do CIDADÃO:
– Defender o meio ambiente junto com o Estado;
– Respeitar as regras existentes;
– Dever de recuperar o meio ambiente degradado para todos os que explorarem recursos minerais;
– Os que tiverem condutas consideradas lesivas ao meio ambiente sofrerão punições e serão obrigados a reparar os danos causados, independentemente das sanções penais e administrativas;
– Dever de observar a defesa do meio ambiente para todos os que exploram atividades econômicas;
– O dever de garantir saúde é estendido às pessoas, à família, às empresas e à sociedade.
São os principais DEVERES do ESTADO:
– Defender e preservar o meio ambiente, de modo a mantê-lo ecologicamente equilibrado;
– Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais; prover o manejo ecológico da espécies e dos ecossistemas;
– Preservar a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
– Dar acesso à informação sob sua guarda: a sociedade tem o direito de receber do estado informações sobre as condições atuais e futuras do meio ambiente e sobre as suas ações em defesa do mesmo;
– Definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos; disciplinar e fiscalizar seu uso (Unidades de Conservação);
– Exigir Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) de atividade potencialmente causadora de impacto ao meio ambiente e dar-lhe publicidade;
– Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
– Promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino;
– Identificar as terras devolutas necessárias à proteção dos ecossistemas naturais, pois são indisponíveis – Estas terras, quando necessárias à proteção de ecossistemas naturais, não podem ser vendidas ou cedidas para outra utilização; As terras devolutas são terras públicas, das quais se perdeu a referência por ausência de titulação, que não receberam ainda qualquer uso público.
– Localizar usinas com reator nuclear através de lei federal – localizar um empreendimento desta natureza resulta na criação de uma situação e uma área de risco;
– Respeitar o caráter inalienável das terras dos índios, preservar seus recursos ambientais, demarcar e impor respeito aos seus bens;
– Os serviços de saúde são considerados de relevância pública e o sistema Único de Saúde deve colaborar na defesa do meio ambiente;
– O Estado deve criar normas para a atividade econômica de acordo com a defesa do meio ambiente;
– Defender os conjuntos urbanos, sítios de valor histórico, paisagístico, artístico e científico, e criar instituições em defesa do patrimônio cultural.
Os instrumentos para fazer a lei valer…
– Propor novas regras jurídicas
– Licenciamento ambiental
– Licença prévia (planejamento, projeto)
– Licença de instalação (construção)
– Licença de operação (funcionamento)
– EIA-IMA
– Criação de Unidades de Conservação
– Desapropriação
– Tombamento
– Benefícios e Incentivos Fiscais
– Zoneamento
– Fiscalização
– Solicitar e Fornecer a órgãos públicos informações
– Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos ao Meio Ambiente
Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos ao Meio Ambiente…
Cuida da defesa dos interesses difusos. Serve para pevenir dano ambiental, apurar a responsabilidade, medir o valor do dano e determinar a recuperação do meio ambiente. É, por excelência, um instrumento de participação da sociedade na defesa do meio ambiente. Podem propor uma ação civil pública a União, os estados, os municípios, empresa públicas, sociedades de economia mista e associações civis representativas. O Ministério Público estará sempre presente – seja como autor da ação, seja partilhando a autoria com outro, ou atuando como fiscal da lei. Qualquer pessoa pode acionar o Ministério Público, informando-lhe fatos sobre danos ao meio ambiente que justifiquem a ação.
NA HORA DE FAZER VALER SEUS DIREITOS…
Você é testemunha de uma agressão ambiental. Por onde começar? A quem recorrer?
– O primeiro passo é a denúncia aos órgãos responsáveis pela defesa do meio ambiente, de modo a fazê-los agir.
– De preferência, junte-se a uma associação civil que tenha entre seus objetivos a defesa do meio ambiente. É ela que pode agir mais rapidamente.
– Pesquise, no lugar onde mora, as instituições a que recorrerá em um caso de necessidade: Organizações não governamentais (ONG’s) e Associações de Bairro.
– Busque um promotor de Justiça, parra acionar o Ministério Público.
– Faça uma petição de providências junto a todos os órgãos que tenham atribuições sobre o problema.
– Não deixe de lado outras fontes de mobilização, como a imprensa, o rádio e a televisão, e os partidos políticos.
– Se for o caso de propor uma ação civil pública, a documentação é um elemento essencial. Dependendo do problema, tome a iniciativa de documentar a agressão, com fotografias, coleta de amostra, entre outros.
Há dois caminhos para se iniciar uma ação civil pública de responsabilidade por danos ao meio ambiente:
a) Um deles é acionar diretamente a Justiça, por iniciativa de uma associação representativa da comunidade;
b) O segundo caminho é procurar o Promotor de Justiça, para que ele faça o Ministério Público tomar a iniciativa da ação.
A quem pedir informações:
Há duas instituições especialmente importantes nestes casos: o Ministério Público (Promotor de Justiça) e a OAB.
————————————————————————————-
Dindin:
Veja o preço de diversos livros de DIREITO AMBIENTAL e saiba mais sobre o assunto! (BuscaPé)
.
————————————————————————————-
Obrigado pelo link.
Gostei muito do blog. Vou ficar de olho nas próximas postagens.
Abraços ambientais
Algumas informações:
http://www2.pgr.mpf.gov.br/o_mpf/encaminhar-denuncia
http://4ccr.pgr.mpf.gov.br/
Obrigado, Marco, volte sempre.
Valeu, Dayan, vou até colocar nos links…
Gostei muito do segmento do blog. Vou vitá-lo sempre. Muito obrigado. Luiz Fernando
Planeta que chora
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com.br
Reflito sobre a vida
sobre o mundo rotativo
do universo exuberante
da beleza do ser pensante
do mundo mágico criativo
É o solo, é a existência roída
de um planeta que chora, exaurido.
De uma fumaça de gás cumprimido
De um berço que faz sentido.
De uma paisagem destruida
que teimo em desfrutar
a reta um ponto vai ficar
o fim, o começo a externar
O espaço a gritar
O ambiente somente?
A água ?
A selva?
O mar ?
E nós humanos ?
O planeta chora
A inteligência ignora?
Onde iremos morar?
sem terra, sem piso, sem ar
sem fogo, sem água, sem mar?
por que a poluição ?
o farelo da destruição
O lixo cultural ?
O rio é um esgoto
O mar está morto
O ar é aborto
de quem quer abortar,
assim, volto ao pó
não tem reciclagem
é uma viagem,
mas viajo só?
Alma de Cupim
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com.
Adora a existência
Contempla o natural
O espaço sideral
Inteligência da potência
Muda a paisagem
Destrói a natureza
Maltrata a beleza
Em qualquer passagem
Dialética humana
Constrói o artificial
Dizima o natural
Da fumaça que emana
A construção de desertos
Na alma impregnada
Não pode sobrar nada
Em campos abertos
Qualquer jardim
Deve ser venerado
Aplaudido e aclamado
Querendo o seu fim
Luta demente
Não tem beleza
Não tem natureza
Não tem jasmim
Jardim da humanidade
Todos têm direito
Qual foi o defeito
Todos defendiam
Todos aplaudiam
Não tem mais jardim
Não tem mais culpado
O tempo rolado
Num mundo sem fim
Corpo humano
Alma de cupim
Quem sabe? Se cada ser humano tivesse a oportunidade de passear pelo os confins do universo gelado, os homens não poderiam se tornar humanos de verdade.
Passeio Cósmico
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
Entre galáxias quentes
Quasares gigantes
Tudo tão distante
É tão diferente
Não tem gravidade
É uma queda de gênio
Não tem oxigênio
Estranha suavidade
O terror da matéria
Viva atrevida
Não tem vida
Do humano a miséria
Não tem cultura
Luz escuridão
Alma em aflição
É somente tortura
O medo grita
O silêncio calado
No mundo gelado
Sem terra e guarita
Há anos, ativo.
Vejo um ponto
Pare uma foto.
E ali que vivo
Um traço obscuro
Não parece uma bola
A câmera giratória
A terra procuro
Perdido no infinito
Leva-me de volta
De tanta viravolta
Sinto-me perdido
Que tal existência
Aonde vai me levar
Onde queres chegar
Só vejo a ausência
Nos confins um grito
Não sei decifrar
Mas vou escutar
E assim repito
Um barulho estranho
Parece um cano
A água derramar
Cadê gravidade
A tua humanidade
Para poder parar
Vejo-me girando
Eu mesmo falando
Onde vamos chegar
Tudo é mistério
Grande interrogação
È poder da matéria
Ou da criação?
Universo Paralelo
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
No palco da existência
Bilhões de combinações
Infinitas proporções
Da matéria a essência
O Universo unificado
Longe da imaginação
Entrar numa prisão
Por tempo determinado
Matéria não adaptada
A um tempo a correr
Na dependência sofrer
Corpo, a vida deixada.
É uma ida, uma volta.
É o estar, é o ser.
É o Poder, é o ter.
É uma reviravolta?
Entra numa dimensão
Do tudo – do nada nasce
É apenas um disfarce
Do nada, a terra, o chão.
É uma magia encantadora
Toda carne é morredoura
Sem ela, a imortal
Alma sonhadora
Na vida a vagar.
Uma compreensão
Uma explicação
Ninguém quer falar
Quem pode entender esta seta
Que a história inquieta
Teima em voltar
Reflexo da Fé
A inteligência consome o meu espírito
Para tudo tenho uma explicação
Sou resultado de uma evolução
Assim, sou finito ou infinito?
Construo a grandeza artificial,
Por isto sou grande e efervescente
Mas de manhã quando olho o nascente
Vejo algo mais perfeito e natural
O que faço vejo sem igual,
Pois ao instinto, digo -inteligência.
Ao ser humano isto é essência?
Irracional tendo, a minha é especial.
Sou pequena matéria atrevida
Que vive no minúsco habitado
O agrupamento da soma e resultado
Sou o aqui da minha e tua vida
Mas se o ar que faço não respiro
Onde está minha potência e grandeza
É destruir a natureza?
Sim, -mas…a admirá-la, me admiro.
Sendo ou não religioso
O ar de inferioridade me domina
A beleza natural que me fascina
O Infinito deslumbrante e misterioso
Fonte:Fonte:O Globo.mobi :: Blog :: Comentários
moglobo.globo.com/blogs/comentarios.asp?post=97697&
t=O+novo+mundo&n=Blog+de+anota%E7%F5es&q=1… – 18k
Universo em Ebulição
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
A Razão derramada imponente
Espera a emoção ser filtrada
Um planeta sem enquadramento
Numa existência não observada
Nascimento das trevas e da luz
Luta de um perfeito alinhamento
São razões, emoções – pensamento.
Corpos girando em universo reluz.
Poder de uma grandeza infinita
Uma mensagem a ser decifrada
Quem percorre esta estrada
Sente a dor de quem grita
Porque derramada existência?
A razão não sabe contemplar
A emoção perdida a divagar
Na corrente de um sonho eterno
Em um tempo, a um só tempo
Poder, quem sabe um dia, revelar
Fonte:http://oglobo.globo.com/servicos/blog/comentarios.asp?t=nosso_planeta&cod_Post=108198:
Aos Seres Humanos
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
Quebrando correntes
No tempo a passar
Mistérios a desvendar
A todo o momento
Se tudo fosse diferente
Teria o ser humano
O pensar, um plano.
Da existência presente
Que show arriscado
De um palco sem fim
O infinito vem a mim
Ou já foi programado
Tanta existência
Quem vai usufruir
O tempo destruir
Ou há consistência
A Vida acompanha
As etapas da curva
Existe uma luva
De potência tamanha
Controlar o processo
De toda imensidão
É plenitude da razão
Ou pensamento, ao inverso.
É do ser humano obrigação
Conhecer todo o infinito
Ou existe um conflito
Buscando interrogação?
Já não é chegado
A hora de saber
Do universo o porquê ?
Na existência – postado.
Entre Colunas
Luiz Domingos de Luna
www. Revistaaurora.com
Entre nascimento e morte
Pego o meu passaporte
Numa vida a bailar
Dos dois pontos faço linha
Numa estrada que caminha
Na sorte ou no azar
Entre colunas eu fico
Sempre a caminhar
Não pode ter acidente
Senão quebra a corrente
Já não posso respirar
Uma reta esticada
Cada passo, uma pisada
Tenho que controlar
Não posso sair do prumo
Ou então um tombo
Para me derrubar
Do útero para cova
Uma vida se renova
Cheirando interrogação
No meio das ampulhetas
Viro pó, sombra e chão.
Ou larva de borboleta
Uma vida nova nasce
É uma transformação ?
A Fábrica de Universos
Luiz Domingos de Luna
Os bósons são inteligentes
Escondidos em outra dimensão.
Por que tanta precaução
É um ato consciente?
A ciência está na cola
Graças à matéria escura
Que dificulta a procura
Confunde o eixo da mola
Choque de matéria e luz
Curvado no infinito
São partículas de granito
Ou mistério da órbita conduz?
Esta imantação é problema
Dependência de uma ditadura
Da energia e da matéria escura
Um cárcere privado com algema
Iluminados – O que fará
Com o bóson aprisionado
Um mistério bem guardado
Ou ao humano entregará?
A Quem interessa?
Uma fábrica de universo
Os paralelos diversos
Para que tanta pressa
Um universo precisa
De um planejamento
Senão o novo engole a gente
Seja humano ou não
Tudo vai para o ralo do nada
Cadê a inteligência em projeção
A Consciência e a razão
Virou tudo fragmento
Não basta o pensamento
No túnel do tempo
Numa vida a bailar
A Tela de Compostela
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
Matéria no corpo diluída
O Espírito a chama clarear
Contorno de tudo a acentuar
O Equilíbrio da alma indefinida
A estrada da poeira percorrida
O Peso da história a carregar
Andarilhos pelo mundo a vagar
Corpo dilacerado, carne dolorida.
Busca da grande interrogação
Indagação ao humano, toda hora.
Pergunta sem resposta, que aflora.
Na caminhada, da caminhada – a imensidão
A fadiga corrói o corpo fraco
Na tela do ferro a rasgar
O corpo humano a sangrar
Na busca da infinitude do aço
Em pedaços a matéria a chorar
Clamando o grande encontro
É o homem, é o outro, é o espanto
Que no final tem que juntar
Carregando em um só corpo o mistério
Destes fragmentos em um só “eu” aglutinar
Espaço sem luz!
Luiz Domingos de Luna
Uma idéia nasceu
Percorreu o espaço
Sinto o que faço
Já não sou eu
A obra que rola
Na esfera social
No arremate final
Parece uma bola
Cada chute uma pancada
-O Público já analisou
Pois, ele é sempre o senhor.
Da obra que foi criada.
Estrada corrente de dor
Cada letra uma pisada
Toda linha esmagada
Na lógica do leitor
O Conjunto é uma esfera
De vértice quebrado
Ou tem giro acelerado
Ou o motor emperra
Passar no crivo social
Num filtro bem condensado
Na página, tela, lixo ou lado.
O Poema tem seu final.
Alma Ferida
Luiz Domingos de Luna
Na Caminhada dos passos
Resistência de um intelecto
A Dor de um martírio incerto
O barulho do tempo espaço
No asfalto rastejando ofegante
Fome, dor, tristeza e cansaço.
Tem que nervo de aço
Para subir a rampa derrapante
De repente um chute nas entranhas
O Corpo o saco de pancadas
A vida a um tempo aniquilada
Pelo ódio brutal do tirano
A Matéria toda esfarelada
As carnes doloridas na estrada
Cada murro uma queda abalada
A dor da morte avizinhada
A Carne morredoura fraquejante
O Espírito um eterno vigilante
Observa o corpo frágil ondulante
O Olho não reconhece mais o atacante
A Inércia empurra o corpo cambaleante
A derrota da matéria castigada
O Troféu do agressor é levantado
Derrotaste a carne morredoura
Mas a alma a sonhar encantadora
Nos umbrais do tempo a gritar
-Tenho que juntar este bagaço
Humano e uma nova vida começar?
A Busca
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
A Alma humana a buscar
A todo e qualquer momento
É uma força ou um sentimento
Que nunca pode parar
É incrível o aprimoramento
Que precisa aprimorar
O pensamento a vagar
Em um novo firmamento
Seja qual for à maneira
Tem que modificar
Pois está no DNA
É uma seqüência inteira
Tudo a repensar
Nada está concluído
É como um fluido
Em constante derramar
Talvez o eixo da dúvida
Esta procura, enfim.
Nada tem um fim
É o sentido da vida
Parar um instante
Isso nem pensar
A busca sempre a buscar
É uma corrente andante.
Aonde vamos chegar?
Aurora, uma janela para o céu
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
Pedi permissão ao tempo
Nas asas do pensamento
Voando vai minha ilusão
Pelos caminhos obscuros
Da minha história esquecida
Momentos de vida vivida
Na mais linda sedução,
Pois ainda em tenra idade
Deixei minha cidade na construção do meu futuro,
Sonhei, lutei, na selva humana,
ganhei o meu troféu de herói,
construi minha cabana tenho o meu transporte
meu trabalho é o suporte da minha vitória suada,
Neste pais eu andei, ralar como eu ralei, lutar como eu lutei dia e noite, noite e dia, busquei no íntimo de minha alma, a estabilidade sonhada
Na poeira de uma estrada que ainda hoje percorro.
Hoje vivo nas metrópoles, nos mais diversos lugares,
Adquiri meu espaço com a força da determinação do aço,
Já me vi em pedaços, mas hoje a minha força é a vitória do que faço.
Consegui o que queria numa luta bem renhida,
Luta que se renova no amanhecer a cada dia.
Sou um aurorense firme, tenho a minha própria história
Na janela da memória vivo a minha própria emoção
Em ver minha querida cidade respirar o hálito oxigenado,
Que ao mundo me trouxe a luz, na grandeza do momento,
Em meu apartamento a lembrança me seduz,
Do rio salgado, as cachoeiras, na beleza de nossa feira,
Do caldo de cana ao aluar, da tapioca ao beiju
Do melaço da rapadura ao canto do sabiá,
Naquelas noites estreladas os fogos, reisado,
O apito do trem, as missas bem demoradas,
As renovações bem tiradas, as serenatas cantadas.
De manhã a passarada num canto de louvação.
Aquelas horas batidas no sino bem compassado, era sinal de finados,
Ou o repique tocado de um anjinho que ao céu subiu,
Todos para a ABA numa inocência fecunda
Tinha quadrilha, arrasta pé, ao som de uma vitrola, era uma festa junina,
Tinha bandeira, tinha roça, tinha quermesse, e quadrilha, broa de milho, quebra-queixo, pão de ló, tinha desfile.
Nesta janela, eu vivo o tempo que não passou, pois ser aurorense é preservar a sua história.
Guardar no canto da memória o seu lindo e singelo amor,
Um amor a toda hora, que em todos nós aflora o cheiro forte e polido
Fonte:http://www.folhadocariri.com.br/colunas/JoseEdson.htm
O Vazio
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
O Vazio não pode ter nada
Se tiver algo, ele está ausente.
Na plena ausência está presente
Antes do ponto ou depois da disparada?
O Vazio não pode ser conceituado
A Noção que se tem é dogmatizada
A ausência é a presença do não chegado
O Vazio não tem uma lógica estruturada
O Vazio não pode ser preenchido
Preencheu o vazio, ele sumiu.
Sumiu-se, ele nunca existiu.
O Vazio está escondido?
O Vazio quebra a existência
Quebra a matéria e o tempo
Não pode ter momento
Existe no cosmo? Ou na inteligência?
Como encontrar o vazio?
A existência toma seu espaço
Ou ela está em pedaços
A ausência de tudo. Quem já viu?
O Nada absoluto. Plena Garantia
Sem buraco negro, sem quasares.
Sem o avesso da matéria
Sem o avesso da energia
Sem átomos, sem moléculas.
Sem luz, sem escuridão.
Um vazio perfeito
A ausência da existência
A Luz da criação!
O Gênio da Gravidade
Luiz Domingos de Luna
Cada tombo uma queda
O Ser vivo a equilibrar
Não pode escorregar
Uma altura que esfarela
Quem anda de avião
Já fica preocupado
Numa pane é jogado
Corpo sem vida no chão
Gravidade impiedosa
Sempre a puxar das alturas
Até às vezes, dá tonturas.
De queda assombrosa
Lá da montanha, um condor.
Voava tranquilamente
Num instante somente
Pensei que estivesse parado
Parado nas alturas
Está tudo errado
Cadê tua força, puxador?
Eu estava enganado
Não era um condor
Não era um planador
Era um simples beija-flor
Enganando a gravidade.
Paraíso
Luiz Domingos de Luna
http://www.revistaaurora.com
Conversei com Eva
Lá no paraíso
Não tinha sorriso
Parecia tristonha
Não tinha vergonha
Buscava liberdade
Não tinha saudade
Então lhe indaguei
Qual a dor do seu grito?
Viver em conflito
Passar ou não?
Para a próxima geração.
Transformação
Luiz Domingo de Luna
http://www.meninodeusaurora.com.br
Reguei uma planta
No meu jardim
Era um Jasmim
Beleza que encanta
Entre espim
Uma lagarta
Como uma carta
Vinha a mim
Toda enrolada
Comia clorofila
Plumagem colorida
De fogo chamada
Numa manhã florida
A lagarta sumiu
A borboleta me viu
Nos caminhos da Vida
Contemplando o chão
A asa em giro agitava
A Paisagem deixava
Na linha da imensidão
Tentação
Luiz Domingos de Luna
Buscar na web
Toc, Toc, a porta fechava.
Numa linda manhã
Na inocência louçã
Uma Gata me olhava
Uma gata manhosa
De pele macia
Cheia de alegria
Toda fogosa
Dormia e roncava
Ficava admirado
No braço cruzado
Na estrada levava
De uma grande leveza
Inofensiva parecia
Ao passo que transcorria
Um olhar de beleza
Um Automóvel buzinava
Na curva da estrada
A Gata assustada
O Meu lábio rasgava
A tentação do momento
De me sangrar
A boca a rasgar
Desejo cruento.
No lábio a fenda rochosa
A Linha bem cruzada
Cicatriz estampada
De uma gata perigosa.
http://oglobo.globo.com/servicos/blog/comentarios.asp?t=nosso_planeta&cod_Post=108198
Passos
Luiz Domingos de Luna
Procurar na web
Passos que passo
Passos que vem
Passos do além
Não sei o que faço
É como um compasso
De um tempo passado
Já foi um chamado
Na imensidão do espaço
Ouvi um grito
Parecia um trovão
Na escuridão
Estava aflito
Pulei noutro astro
Deixei a pisada
Ta lá registrada
Como um mastro
Luz em ebulição
Fiquei assustado
Parece ter entrado
Noutra dimensão
Tudo tão diferente
Um carrossel giratório
Um som vibratório
No meu consciente
Sonho ou realidade
Não sei precisar
É um vôo a voar
Não tem gravidade
Uma mão me puxou
Numa frieza gelada
Não sei mais de nada
Num novo mundo estou
http://oglobo.globo.com/servicos/blog/comentarios.asp?t=nosso_planeta&cod_Post=108198
As poesias aqui postadas serão repassadas para outros sites -Fonte- com a finalidade única do engrandecimento da epistemologia genética da humanidade.-Literatura Poética-
Atenciosamente,
Buscar na web:
Luiz Domingos de Luna globo online
Travessia
Luiz Domingos de Luna
www. meninodeusaurora.com.br
A Parede da mente
Está quebrada
No conflito da estrada
É reviravolta somente
Á águia está lá
A asa ferida
Sem guarida
Sempre a voar
A água agitada
Tem que passar
Furacão no ar
Força anulada
Na superfície a pisar
O mergulho da morte
É o único suporte
Que espera chegar
Tremulante momento
Uma chuva de vento
A águia a carregar
Rasteja na onda
Como uma lona
O espaço ganhar
A asa dobrada
Tão fatigada
A praia chegar
fonte:http://oglobo.globo.com/servicos/blog/comentarios.asp?t=nosso_planeta&cod_Post=108198
A Juventude que lê Luiz Domingos de Luna é saudável, honesta, digna, responsável, ética e acima de tudo intelectualizada, respeitando todas as diversidades de opiniões, sem coronelismo, sem o uso da força, mas na {força viva} do pusar dos argumentos, sem o brilhantismo dos sábios, mas com a atenção e coerência dos eternos aprendizes.
O Autor.
Onda que chora
Luiz Domingos de Luna
Procurar na web
História dos papéis
O mouse a demarcar
Palavras que somem
Mas que vão voltar
A tela da história
Um trabalho a postar
Um instante eterno
Que não vai durar
Tudo a voar
Sempre escrevendo
De um tempo correndo
Não pode parar
Vida sumida
Na abstração
Vida já vivida
Em outra ilusão
No útero da terra
Vai transformar
Onda que passa
A outro repassa
Sempre a chorar
Aquecimento Global
Luiz Domingos de Luna
Procurar na web
Sapo Dourado Panamenho
Da floresta americana
Beleza pura que emana
Da natureza em desenho
Amarelo, delgado e pulador.
Afilado, gentil e hospitaleiro.
Cantando no lindo desfiladeiro
Nos bosques um hino de amor
Predador do equilíbrio natural
No habitat rico dos pampas
Deslisa no declive das rampas
Numa felicidade sem igual
Dos rios, lagos e florestas.
Vaidoso no passeio matinal
Não vê o aquecimento global
Devorar sua história sua festa
O Fungo espera para atacar
O Planeta deu sinal de alerta
O fungo voa como uma flecha
O Sapo não vai mais cantar
Amarelo é a cor da atenção
Do sapo panamenho dourado
Da existência já foi tirado
Mais um ser em extinção
parabéns. gostaria de receber outras informações sobre o meio ambiente.
Oi Nivaldo,
Você pode se cadastrar no blog através do seu email, à direita.
De qualquer forma, eu tenho outros blogs que ainda estçao em constante inserção de novas informações, sobre meio ambiente e educação ambiental: http://declev.com/educacaoambiental e http://declev.com/meioambiente
Abraços,
Sou Professor – Biólogo, CRBio3 – Nº. 028125D – Esp. em Ciências do Meio Ambiente, Auditor Ambiental, Perito Ambiental Judicial e Juiz Mediador Arbitral.
Gostaria de receber em meu Email todas as informações Ambientais do Diário do Professor.
Forte Abraço,
Valdir.
Oi Valdir, bem vindo.
Coloque seu email na caixa à direita e responda o email de confirmação. Assim você receberá tudo o que eu postar aqui.
Eu tenho outro site também, se te interessa, relativo às questões ambientais:
http://declev.com/meioambiente
Abraços,