Houve umas semanas, agora em outubro ou novembro, que por causa dos feriados eu fiquei uns dez dias sem aparecer na escola.
Quando voltei levei um susto.
Parecia que tinha saído de uma quebradeira, de uma guerra.
Uma série de mesas e bancos que haviam sido comprados, sem exagero, há uns dois ou três meses, estavam quebrados.
Armários, portas e janelas estavam visivelmente destruídos com intencionalidade – não pelo uso.
Marcas de destruição eram aparentes.
Fiquei tão estarrecido que tirei uma série de fotografias que coloco aqui.
Sei que isso pode ser tratado pedagogicamente (antes que alguém diga), mas confesso que me sinto impotente.
Alguns meses antes havia descido para a sala dos professores pegar algo que tinha esquecido e, quando voltei, vi um aluno dando umas pancadas no vidro da janela com a lateral do punho fechado, até ele quebrar. Percebi que haviam vários quebrados e descobri depois que esta era uma ‘diversão’ deles: quebrar os vidros com as mãos – e que muitos deles estavam fazendo, não só este aluno.
Levei estupefato o aluno à direção, chamamos o pai, ele chorou, disse que foi coagido (sempre são…), conversamos etc.
Depois… isso.
Deixo, triste, a série de questionamentos do título deste artigo como um início ao debate, e exponho as fotografias não como uma denúncia vazia, mas como forma de mostrar uma realidade que não sei se a escola está apta a enfrentar sozinha…
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Armário quebrado aos chutes
Janelas com os vidros quebrados às punhaladas
Murais arrebentados
Ex-câmera de segurança
Uma das centenas de carteiras rabiscadas
Sem comentários
Parede ‘limpa’ dos rabiscos
Recém-colocada tira para segurança das escadas recém-destruída
Banheiro inundado por cano destruído
Porta com marcas de sola de sapato
Mesa quebrada 1
Mesa quebrada 2
Mesa quebrada 3
Banco – de ferro – quebrado 1
Banco – de ferro – quebrado 2
Mármore do banheiro (de 2 cm!)
Vaso sanitário sem nenhum coliforme fecal
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Na mesma linha:
1 – Doutora da Unicamp defende depredação da escola – Sugiro a leitura desta crítica à surreal tese da “doutora”.
2 – Escola é alvo de depredação
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É, colega, também tenho me decepcionado com tantas coisas. O que será que devemos fazer? Aceitar a tese da doutora que eles apenas criticam diretores e professores autoritários? Mais autoritária era a escola em que estudei e não depredávamos nada. Há algo muito podre nesta sociedade hipócrita, que, nem a polícia contém os maus elementos. Mas a escola tem que dar conta de domá-l0s, ops, educá-los.
Acho que vou me aposentar…
abraço,garoto
Oi Denise,
Posso até concordar que estas manifestações sejam críticas à escola.
Mas costume de casa vai à rua. E costume da escola vai às ruas.
Vivemos em sociedade e temos que aprender isso.
Duvido que a “doutora” fique feliz com a “crítica à sociedade” quando um desses revoltados pixar o muro de sua casa, depredar o seu carro ou mesmo assaltar a sua filha – sim, porque se se pode depredar tudo, por que não se poderia assaltar, pois posso ser crítico à desigualdade, ao autoritarismo da classe alta etc.
Não acredito em dois pesos e duas medidas.
Abraços.
OBA TUDO BOM EU GOSTARIA DE ALQUEM ME MANDASSE FOTOS DE CARTEIRAS RABISCADAS PQ EU GOSTO MUITO DE CARTEIRAS SE ALQUEM PODE ME AJUDAR PASSA AS FOTOS PRO MEU EMAIL ACRADEÇO MUITO UM ABRAÇO ATILA