Como enfrentar o problema dos alunos-problema?

No post “Como é bom conseguir dar aulas“, digo em determinado momento que “Devo confessar que não gosto dos ‘alunes-problema'”.

A Nalva (desde já agradecendo a colaboração dela) fez um comentário que achei interessante e que me despertou algumas considerações, inspirando uma resposta também interessante.

Fiquei empolgado com a troca… tanto que a transcrevo aqui.

Acho que é um assunto quase infinito, mas que pode gerar alguns raciocínios enriquecedores.

Gostaria de divulgá-lo melhor do que no comentário do post, para que outros também comentem e, quem sabe, gere uma discussão produtiva.

Divirtam-se:

A Nalva disse:

“Olha, na minha opinião não existe alunos problemas, e sim alunos com problemas. Cabe ao professor investigar a vida desses alunos e procurar soluções junto com a escola e os pais!!!”

Eu respondi:

“Pois é Nalva, concordo com você.

Mas os professores também têm problemas e, entre eles, os ‘alunos com problemas’.

Tenho ‘somente’ (entre aspas visto que normalmente os professores têm muito mais do que eu) 4 turmas e cada uma delas com uma média de 35 a 40 alunos.

Dão de 140 a 160 alunos em uma única escola.

Não vejo meus colegas professores mais do que 10 minutos durante o pseudo-recreio.

Como investigar a vida destes alunos? Como procurar uma solução?

Trabalhando mais do que me pagam pra fazê-lo?

Pois, quando é que eu poderia fazer isto, visto que o tempo que estou na escola estou dentro de sala? (como eu disse, com 35 ou 40 alunos).

A escola não tem equipe para isso, o professor não tem ajuda para isso.

Assistente social faz isso; mas a escola não tem.

Psicólogo faz isso; mas a escola não tem.

Orientadora educacional faz isso; mas a escola não tem.

Os pais? Nalva, Nalva… estes alunos são ‘com problemas’, na maioria absoluta das vezes, justamente por causa dos pais!

É um ciclo sem fim.

A minha angústia é justamente querer fazer algo mas não ter condições. A não ser que, como eu disse, eu trabalhe a mais do que o justo: que vá a escola outros dias, por exemplo, para fazer o trabalho dos assistentes sociais, psicólogos, orientadores… que a escola não tem!

E, sinceramente, nenhum profissional faz isso; não acho que o professor deva fazê-lo.

Um advogado, um médico, um pedreiro, um engenheiro, um psicólogo, um gari fazem mais do que pagam a eles para fazer? Não.

Se acham que os professores têm esta função – e eu acho sinceramente que têm co-participação -, paguem a ele para isso. Paguem a ele para dar aulas e para, fora da sala, ajudar a resolver os problemas dos ‘alunos com problemas’.

Gostaria eu de ser contratado (com um salário justo) para ficar somente em uma escola, mas não somente enclausurado em uma sala de aula; mas para fazer outras coisas, como as que você disse.

Abraços, e obrigado pela contribuição.

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

40 thoughts on “Como enfrentar o problema dos alunos-problema?

  • 10/04/2008 em 19:16
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    É Nalva, falar dos professores como as maus ou possíveis salvadores da pátria, e os alunos problemas como os coitadinhos, é muito bonito no discurso, na prática cotidiana é que a coisa perde a beleza. Por que será que TANTOS professores estão sofrendo de depressão, síndorme do pânicos e muitos outros males, ou simplesmente abandonando o barco? Se a solução fosse tão simplista, eu seria bem mais feliz!!!

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  • 12/04/2008 em 00:09
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    A solução não é simples nem está pronta e acabada, Ana Catarina. Ela precisa ser buscada, em conjunto e, na maioria das vezes, terá que ser construída, de formas diferentes em diferentes realidades.
    Da mesma forma que a escravidão no Brasil terminou de um jeito onde não houve a menor chance da população negra ser mais do que mão-de-obra barata (e até hoje a população negra brasileira sofre com as conseqüências disso e é a mais pobre; quase não vemos negros em escolas particulares, por exemplo), quando a escola pública passou a existir para atender a TODOS, isso também foi feito sem estrutura, sem preparação decente, tipo: vocês, profissionais da Educação, que se virem!
    Pois é.
    Vejo como um grande desafio. Reclamar não adianta nada. A realidade é duríssima, cada dia mais, e nas comunidades mais carentes onde trabalhamos encontramos alunos com problemas sérios diariamente. E só saberemos como lidar com eles, para que a escola possa ser verdadeiramente democrática e inclusiva, se nos unirmos na busca de soluções, dentro das características de cada comunidade/realidade social.
    Concordo com Declev e acho que não devemos trabalhar fora do nosso horário, mas acho que, diante da realidade que encontramos nas escolas hoje, precisamos nos ater menos a conteúdos e mais a questões como valores, relações humanas, estímulo ao prazer que se pode ter no mundo das idéias, do conhecimento, das trocas, do aprendizado constante na vida, entre outras coisas. Porque sem isso primeiro, todo o resto se torna inútil e ineficiente.
    É melhor parar tudo, em algumas aulas, para ensinar o be-a-bá, discutir relações, promover debates e dinâmicas que levem a reflexões, entre outras coisas desse tipo, do que partir pra ameaças (e/ou ações) de “vou tirar pontos”, “vc vai ser suspenso”, “vou te botar pra fora de sala”, etc. Esse é o modelo antigo e só funciona superficialmente, na base do medo que desperta (na maioria das vezes nem desperta mais; e medo não é respeito), só aumentando mais ainda a descrença dos alunos na escola, como se realmente ela não tivesse nada a lhes acrescentar na vida.
    É… O problema é sério, mas é de todos que resolveram ser educadores.
    E os professores têm seus problemas também, claro, como lembrou o Declev. Mas não podemos esquecer de algo muito importante em relação a isso: mal ou bem, o professor é adulto, conseguiu formar-se, ter uma profissão, trabalhar no que se formou e o aluno que temos hoje, criança e adolescente, infelizmente pode nem mesmo chegar a ter um reles sub-emprego na vida, que dirá uma profissão!
    O quadro é esse.
    Quem não quiser enfrentar essa verdadeira loucura, pode buscar outras formas de exercer sua profissão, como dar aulas e cursos particulares, por exemplo. É um direito que todos temos. E é, sem dúvida, mais prazeroso (eu adoro!).
    Mas eu ainda acho que vale a pena encarar esse desafio e lutar por melhores condições de trabalho para todos, para o bem DO EDUCADOR E DO ALUNO, estejam eles (um e outro) com muitos ou poucos problemas…

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  • Pingback: Lixo hospitalar: real ameaça ou grande trapaça? Quem ganha com isso? | Diário do Professor

  • 26/03/2009 em 23:42
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    Olá colegas, saudações!
    Já pensaram em mudar de profissão e não arruinar mais a vida de nenhuma dessas crianças que vc diz que são seus alunos
    Não se justifica o salário ruím, as precárias condições fisícas da escola. Educar é mais que tudo isso.
    Abçs, Paulo Cézar

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  • Pingback: O que é ser “bom professor”? Quem “merece” esta profissão? Quem pode ser chamado de educador? | Diário do Professor

  • 30/03/2009 em 10:49
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    Olá a todos.

    Sou professor eventual de 07 salas de 5ªs séries. Em todas as salas tenho problemas com algum aluno que não quer estudar e não deixa os outros alunos estudarem. Tem um em particular que me tira o sono; pois eu tento dar a melhor aula possível, com discussões em sala de aula, a máxima participação possível dos estudantes, mas este menino não liga para nada do que eu faça. O engraçado é que os próprios alunos pedem para tirá-lo da sala, pois ele incomoda muito. Já o tirei da sala, já tentei conversar com ele fora da sala para não chamar sua atenção na frente de todos, já pedi pelo amor dos deuses para não bagunçar, mas, por mais que eu tente zelar por ele, ou até ignorá-lo em sala, ele persiste, me chama de burro, de mole, de ignorante, manda eu calar a boca na frente dos alunos. Não sou professor autoritário; os alunos em geral gostam e muito das minhas aulas, já que procuro respeitá-los e integrá-los na circulação do conhecimento. Vou mandá-lo para a Regina Milone para ver se o romantismo dela na relação professor-aluno vai resolver o assunto.

    Acredito que, diante das péssimas condições de trabalho nas escolas públicas, o professor não pode se ver como o último salvador da pátria. Nem como um despertador, que “desperte” a vontade dos alunos em estudar. Ele terá que zelar por aqueles que tem potencial para estudar; os outros, inflelizmente, ou se mantém na escola para conseguir seu diplominha para ser parte da mão-de-obra barata brasileira, ou procurem, com o incentivo do professor ou de alguém próximo a eles, tomar consciência de que brincadeira tem hora e que nunca é tarde para levar as coisas a sério. O fracasso escolar faz parte do cotidiano do professor; querer eliminá-lo apenas dentro da sala de aula é procurar um sofrimento desnecessário. A estrutura escolar como um todo tinha que ser repensada; teria que haver mais investimento por parte do governo; teria que ter a participação efetiva da comunidade; teria que ter mais segurança para o professor. Isso tudo não é lamentar. É apontar os incoerências para que se possa agir em conjunto. Ações individuais, isoladas umas das outras, infelizmente não revertem o atual quadro mórbido da educação nacional.

    Se não apontar essas incoerências, ninguém se move, e continuarão esses problemas pois é mais fácil “mudar de profissão” do que procurar dar uma contribuição para reverter essas questões.

    Alex

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    • 30/03/2009 em 16:22
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      Muito boa a sua participação, Alex.

      TODOS nós, professores, temos alunos assim. Quem não é professor, acha que é fácil lidar com eles: é só fazer aulas “interessantes”. Balela.

      E o professor que diz não ter problemas com alunos assim, mente.

      O fato é que excluímos incluindo. Também balela.

      Com o discurso de que a “educação é para todos”, mantém-se à Lei alunos assim em sala.

      Sabe o que acontece? NUNCA teremos uma educação boa para os outros 34 alunos – pobres – na sala, pois este não deixa.

      Sabe por que do “pobres” na linha anterior?

      Porque em escola de rico este aluno NUNCA ficaria, pois seria “convidado” a deixar a escola, para não atrapalhar a educação dos outros – ricos.

      Vide qualquer escola particular que se preze e vide as escolas públicas de ricos, tais como as CAPs e Pedros II da vida. São púbicos, mas não são para todos.

      Por isso minha opinião é: dar chances, mas perder o direito.

      Não quer? Vai “estudar” em casa, através de apostilas, módulos, provinhas, seja lá o que for.

      MAS NÃO ATRAPALHE A EDUCAÇÃO DOS OUTROS!!!

      E quem é contra o que eu digo, que ponha seus filhos numa escola pública dessas, para todos.

      Aí depois vem falar comigo.

      Abraços.

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  • 30/03/2009 em 20:28
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    Declev;

    Só queria deixar claro que não sou contra escolas públicas, nem sou a favor de exclusão socioeconômica; e respeito quem pensa diferente, pois cada um tem a sua experiência. Mas as crianças que não querem estudar geralmente são produtos da nossa própria sociedade, que sofre para conseguir alguma coisa, mas, quando consegue se sair bem, não se interessa em usurfruir de alguma cultura; preferem sair, se divertir, ir a festas, reproduzir discursos fáceis e preconceituosos, curtir as últimas ondas da moda ditada pela indústria cultural. Esse é o exemplo que os alunos carentes veem: um bando de pinguços que transam à vontade por ter um carro e mulheres que saem com quem tem dinheiro só para não precisar trabalhar. Convencer que estudar é o melhor caminho não é fácil mesmo.

    Minha bronca é que existem professores que tentam contornar as dificuldades para conseguir realizar um bom trabalho, mas se esbarram na agressão dos alunos, na falta de apoio da direção escolar e da sociedade em geral. Só para citar um exemplo: hoje mesmo, um menino e uma menina se bateram na minha aula; deixei os dois descarregarem um pouco o ódio e depois levei-os à direção. Na direção, que havia me dito que o problema não era com eles mas sim com a inspetora (que não conseguia encontrar; tive que deixar a vice-diretora falar sozinha), se limitou a dar uma bronca no aluno por não estar de uniforme e mandou os dois voltarem para a sala. Estou continuando minha aula, lá vem os dois, cabisbaixo. Ou seja, o problema é do professor, e se os alunos se estrangularem dentro da sua aula, o problema é todo seu, com direito a B.O. e tudo; problema do professor, “quem manda ele não ser rígido com os alunos?”, dizem.

    Não acredito que o problema da educação hoje se resolverá se haver um critério rígido para admissão na escola; mas penso sinceramente que se acabar com a progressão continuada as coisas poderiam melhorar. Mas ainda assim necessitaria de um intercâmbio urgente entre governo – sociedade – escola.

    Alex

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    • 30/03/2009 em 20:50
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      Oi Alex,

      Eu entendi e concordo com suas argumentações.

      Só que, como eu disse, esses não nos deixam dar aulas decentemente, nem deixam os outros terem aulas decentemente.

      E não estou falando de aulas de qualquer forma, do tipo “cuspe e giz”, mas de todas as nossas tentativas de aulas diferenciadas.

      E entendo sua angústia de estar só em sala.

      Hoje mesmo – sem querer copiar você – alguns alunos estavam sentados nas mesas na sala da minha esposa. Quando entrou, ela ficou esperando eles se mexerem. Alguns saíram. Um não. Os alunos mesmo falaram com ele “cara, olha a professora aí, tá te esperando”. Ele disse lá do fundo “Foda-se!”.

      E aí? Que fazemos?

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  • 31/03/2009 em 08:03
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    Olá, Declev;

    Sua esposa, a professora Gláucia de Porto Alegre que teve traumatismo craniano em 23.03.09, eu, são tantos professores e professoras que sofrem com a falta de segurança nas escolas que até parece que não tem saída. E a tendência é piorar. Não há investimento por parte do governo na educação. Os próprios pais agridem professores até dentro da sala de aula. Por causa de um e outro aluno, o restante não se interessa em estudar, pois pensam geralmente “Ah, se o fulano faz o que faz, xinga professor, bate em professor, bate em nós (colegas de classe), chega atrasado, não faz nenhuma lição, e não acontece nada com ele, pra quê vou ficar me matando na aula?”.

    Mandar a professora se foder. Um aluno me mandou calar a boca e tirei-o da sala pela orelha. Vai fazer o quê, românticos da relação professor-aluno? Dar um beijo na cabeça dele e virar o bumbum para ele dar um chute, para completar? Não dá; por isso havia colocado que o professor não pode se ver como o salvador da pátria porque não é e nunca será mesmo; a não ser em alguns casos isolados. O professor é um mero operário: vai cabisbaixo trabalhar, pega seus instrumentos, aguarda os sinais, dá uma aula com os olhos vendados e com uma mordaça na boca, pois se olhar meio diferente para o aluno ou será chamada de prostituta, ou de homossexual, ou vai levar um tiro na cara de bobeira (aluno com arma em sala de aula não é coisa de outro mundo), e se falar algo que não agrade o aluno, será espancado ou por ele e os colegas ou os próprios pais vêm cobrar a bronca.

    Sem querer dar soluções nem bancando o sabidão, eu acho que no caso da sua esposa, Declev, ela terá que apelar para o psicológico num primeiro momento, pois o que os alunos mais odeiam é reconhecer que estão fazendo papel de ridículo na frente das menininhas da sala. O aluno manda se foder, eu diria coisa do tipo, com todos os riscos: “Olha, esse tipo de resposta eu ouvi de um aluninho da 3ª série; eu achei que aqui (independente da série) a coisa seria mais evoluída. Será que você vai se sentir o gostosão do pedaço quando rondar por aí que você tem um cérebro e uma capacidade mental inferior à da sala; ou levar um fora das menininhas por ter fama de boca suja?”. Infelizmente, baixo nível eu responderia com um baixo nível, mas com resguardo, já que se tentar responder com um alto nível, será tachado de imbecil, por se sentir mais intelectual do que os alunos.

    Alex

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  • 17/06/2009 em 22:06
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    e quando simplesmente a escola não deseja estabelecer contato com os pais?

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  • 09/08/2009 em 18:21
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    Achei muito interessante a quendo Nalva diz “na minha opinião não existe alunos problemas, e sim alunos com problemas”. Uma vez que nós professores estamos querendo ou não mesmo sem saber quais são esses “PROBLEMAS”, envolvidos indiretamente, pois sofremos as consequências desses problemas. Ou não?
    Sou Coordenador do Núcleo de Apoio à Família e à Escola – NAFE, da cidade de Caxias-MA, onde eu e meu amigo Erivelton Mota, como diz o nome, damos apoio a Família e a Escola de alunos “problemas e com problemas”. Sempre falamos aos professores que procurem identificar, mesmo sem ter certas competências e preparação, se os alunos têm “PROBLEMAS”, nisso no que diz respeito à Família.
    Concordo plenamente que não devemos exercer trabalhos além da função que temos,porém o PROFESSOR deve entender essa frase perfeitametne dita de Nalva, assim ele pode, juntamente com a Escola, seja ela pública ou particular, desenvolver projetos voltados a procura de parceria com várias instituições que trabalham com os “PROBLEMAS” ‘

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  • 09/08/2009 em 18:37
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    Concordo com a frase de Nalva: “não existe alunos problemas, e sim alunos com problemas”. Porém digo que nós professores devemos não apenas concordar como também praticá-la em nossas vidas.
    Sou coordenador do Núcleo de Apoio à Família e à Escola (NAFE) juntamente com meu colega Erivelton Mota, na cidade de Caxias-MA. E como apoiadores da Família e da Escola, procuramos sempre por em prática esta frase de Nalva, uma vez que também falamos em nossas reuniões com os pais que: Pais são Pais, Professores são Professores e que Filhos são Filhos e Alunos são Alunos. Que a famosa frase que os pais dizem para os professores: “Façam de conta que é seu filho”, deve deixar de existir. Cada um com sua função.
    Porém digo ainda que, os Educadores, mesmo sem habilidades e competências pode tentar observar que os alunos têm problemas e não são “só problemas”. Assim, claro que juntamente com sua Escola, seja ela pública como privada, e com apoio da Secretaria de Educação (sendo pública), desenvolver projetos que vão em busca de ajuda a esses alunos. Também não podemos jamais deixar que isso persista, temos que fazer a nossa parte como humanos. Temos filhos também, e estes nossos filhos, se não tentarmos – mesmo sendo injusto, recebermos pelo que não fazemos – identificar ou passar para um profissional capacitado qual o PROBLEMA do educando, pode ser que o aluno com problema, no futuro seja alguém que maltrate meu filho no futuro, por falta de orientação familiar.
    Não estou sendo melancólico, apenas é uma realidade. Temos aqui em Caxias-MA, uma Escola que a gestão percebeu muitos alunos com problemas dentários e, a gestora, fez algo simples e desafiador, foi a um PSF próximo e pediu ajuda ao odontólogo, que prontamente aceitou o desafio de dedicar um dia da semana para atender os alunos daquela escola. Quero dizer que não recebemos mesmo pelo que fazemos a mais, mas isso não nos compete a deixar de sermos desumanos, não que eu estou dizendo que Declev, nos faz disso.
    Obrigado pelo espaço.

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  • 17/08/2009 em 13:31
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    Sobre está discussão importantissima, pois atraves dela se descobre professores que ensinam a humanidade e não apenas as nomenclaturas que dizer aos colegas que quem cria os alunos com problema não são os professores, o que não dá é para querer que os professores resolvam todos os problemas, nós vivemos num século em que os pais e o governo tercerizam todos os problemas e querem que justamente os professores os solucionem, querem ver. A dengue é um problema, manda para a escola, ela tem o dever social de informar. O transito é um problema, manda para a escola que é o dever social dela conscientizar. A prostituição é um problema, manda para a escola, o abuso sexual é um problema, manda para a escola, o alcolismo é um problema, manda para a escola. Querem saber esta na hora da escola publica assumir a sua autonomia e formar mesmo cidadãos capazes de julgar de quem é a responsabilidade por cada uma destas barbaries sociais que acontecem bem aos olhos e ouvidos de todos e quem sabe com problemas ou sem problemas nossos alunos consigam entender de onde vem a raiz de seus maiores problemas. E gostaria de acrescentar ao colega Paulo se é que vc é professor, tem alguem arruinando não só os nossos alunos mas toda a sociedade e certamente meu caro, não são os professores.

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  • 16/01/2010 em 10:38
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    trabalhei com crianças da escola pública e particular e em ambos os casos se fosse perguntado quem quer ir para a aula se ouviria um sonoro não. Estudar não é da natureza humana é uma atividade imposta pelas gerações passadas. Não acredito que a imposição seja a melhor saída, no entanto, a lei obriga e os pais continuam matriculando os seus filhos. recebi uma aluna adolescente com dificuldade de aprendizagem. humor labil. dez atendimentos. nexo causal: pai abusador sexual – sexo vaginal, oral, anal com ou sem camisinha e violência física por ciúmes dos candidatos a namorado no colégio. denuncia. o pai foi preso.
    E quantos outros nexos ainda estão por ser descobertos: visão, audição, fala, fome, segurança,vestimentas, remédios, moradia… o estudo científico desnuda a sociedade e mostra a fragilidade de suas instituições. o quadro é de anomia, ou seja, onde não há lei não há transgressão. Se o adulto propaga o livre-arbítrio por que condenar o adolescente quando o realiza?
    No final das contas o fracasso escolar pode ser o último grito de socorro para uma sociedade que finge ser surda…

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  • 16/01/2010 em 11:09
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    Dica para quem se propõe a resolver problemas de crianças e adolescentes na escola:
    1 – estudar o estatuto da criança e do adolescente
    2 – aproximar o conselho tutelar da escola
    3 – aproximação com a delegacia especializada em criança e adolescente no município
    4 – aproximação com a secretaria de saúde municipal
    5 – pesquisar a existência de programas de atendimento com abrigo, centros de internamento, atendimentos a alcoolatras e toxicômanos
    5 – aproximação família escola em caráter preventivo
    Não é tarefa de professor realizar trabalho de psicólogo e assistente social – isso seja onde for é exercício ilegal da profissão; se no município ainda não existe a rede de atendimento interdisciplinar a escola e a educação estão na idade da pedra. O estatuto prevê o papel de cada ator da rede de atendimento visando a saúde do sistema social, ou seja, cada um faz a sua parte e é remunerado por isso, essa é a verdadeira solidariedade do Funcionalismo de Durkheim. A tarefa do professor cientista é tirar a lei do papel e transformá-la
    em realidade: cidadania – direitos e deveres – socialização versus barbárie esse é o tema constante para debates em sala de aula com juízes, promotores, advogados, pedagogos , psicólogos, assistentes sociais, etc.

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  • 23/04/2010 em 08:39
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    É ingênuo pensar que não há alunos/as problemas. Há professores/as problemas, mas acredito que a questão é um conjunto de vários elementos que se relacionam mutuamente. Se olharmos para trás perceberemos que em todas as épocas sempre existiram os “bons alunos” e os comproblemas. Então, qual é o problema? O problema é que viver com fala, Freire, é correr risco. E lidar com seres humanos, acima de tudo é conviver com um mundo de possibilidades incostantes. Além do mais, ou de menos, estudar é quase sempre uma tortura. Ficar numa escola ouvido depósitos de informações é um fardo que leva ao surto. Os alunos problemas são alunos que não querem e não aceitam as condições da escola.

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  • 25/04/2010 em 12:05
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    trabalho na educacao infantil e tenho um aluno “problema”ele tem 4 anos, bate nos colegas por nada, estraga as brincadeiras dos outros, destroi os brinquedos da escola e do colega. esse dias pegou uma cadeira para dar na cabeca de outro colega. dizem que o problema vem da base, que professores nao souberam dar limites! eu digo o problema e dos pais permicivos que nao querem educa-los, pois educar e dificil, criar e dar comida e facil. um pai ou mae que educa tem que estar de vigilancia o tempo todo podando as arestas indesejadas, mas isso requer tempo e devocao; coisa que os pais nao querem fazer e atribui isto a escola, querendo ficar livres dos filhos; colocam até em tempo integral. quando levo até a diracao, nada acontece! E ELE NAO SE IMPORTA DE FICAR SENTADO E PERDER AS BRINCADEIRAS, AINDA DEBOCHA E RI, IMAGINA 4 ANOS, EU JA FIZ DE TUDO! TO É ESGOTADA! ABRACOS!

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  • 26/04/2010 em 09:20
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    Desde já peço desculpas pelo longo texto; leiam e respondam quando tiverem tempo, OK?

    Foi dito acima que não existe aluno-problema, e sim aluno com problemas. E que, de forma humanitária, mesmo que o professor não esteja capacitado, ele deve tentar encontrar esses problemas com o aluno, com apoio institucional. São bons argumentos, não vou contrariar. Mas eu me pergunto: como um professor, que para ter um salário razoável em SP precisa dar 30 aulas semanais com 40 alunos em cada sala (cálculo básico: considerando que essas 30 aulas são para, em média, 15 turmas, então 15 X 40 = 600 alunos), vai conseguir encontrar os problemas dos 600 alunos? Reafirmo o que disse ano passado: o professor pode, e muito bem, tentar ajudar ALGUNS alunos, por mais que ele queira ajudar os 600. As coisas hoje em dia são massivas. Menos a caridade: ela não é massiva.

    Foi dito também que a educação é uma forma de imposição, e que os alunos não estão, na maioria das vezes, aptos a sofrer essa agressão. E, para ajudar o professor, deve-se apelar para os meios institucionais e familiares para tentar alterar esse quase inóspito da educação nacional. E que ensinar é estar apto a lidar com possibilidades inconstantes. Tudo bem, são argumentos igualmente válidos. Mas… questionar que a educação é uma imposição, então cairíamos no debate sobre a concepção de Estado. O Estado deve ou não educar o cidadão? O que é ser cidadão, e qual a sua finalidade? O que é bem público e bem privado? É uma imposição válida ou não? Quem não quer sofrer essa imposição, qual alternativa que lhe resta, pensando na sociedade brasileira contemporânea? A religião, o convívio familiar, o capitalismo, o que não é imposição hoje?

    E como a criança e o jovem podem discutir e se posicionarem diante essas questões se não for pela educação, seja privada, pública, ou doméstica? Se o jovem não quer ficar trancado numa sala aguentando um professor falar ladainhas, ele vai fazer o quê? Unir-se aos indígenas? Mas lá ele também precisará de regras para sobreviver: realizar rituais, buscar alimentos, ajudar a construir casas,lutar pela sua terra e suas tradições. Isolar-se numa ilha? Ele vai ficar louco, ou ser muito feliz, quem sabe. Inserir-se no mercado de trabalho sendo designer, ator, envolver-se na prostituição, costureiro, sei lá mais o quê? Vai sofrer igualmente com alguma imposição em algum momento. A pessoa só não vai passar por alguma imposição na sociedade se ela for muuuuuuuuuuito rica e rebelde. Caso contrário, meus caros, vai ter que estudar com professor ruim, com colega com necessidades especiais babando ao seu lado, com menina sujando a cadeira com a primeira menstruação, com coleginha atirando papéis na sua cabeça, com aquele menininha ou menininho paquerando o ano inteiro, com engraçadinhos (desculpem o termo) peidando na sala.

    A situação atual não vai alterar se não ocorrerem três coisas: 1. interação escola-governo-família (e não diretor X professor X aluno X família X política X instituições); 2. menos alunos na sala de aula (salas com mais de 20 ou 25 alunos é coisa de louco); 3. maiores salários e condições de trabalho (não é com “bônus” que o professor vai ser valorizado; aliás, foi o bônus que deteriorou a escola estadual de SP). Antes, o professor era equiparado a um juiz, um escritor. Hoje, é equiparado a um vagabundo.

    Alex

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  • 05/06/2010 em 14:49
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    BOA TARDE ALEX,NÃO SOU PROFESSORA E SIM MÃE DE UMA. REALMENTE TUDO ISSO DITO POR VOCÊ ,É O QUE MINHA FILHA COMENTA.ESTE ÚLTIMO PARÁGRAFO, ONDE FOI COLOCADO COM MUITAS VERDADES,INCLUSIVE NO DITO COM RELAÇÃO AO EQUIPARADO DO ANTES E O DE HOJE. VOCÊ SOUBE COLOCAR A SITUAÇÂO ESCOLA X ALUNO X GOVERNO, MUITO BEM. ABRAÇOS

    Resposta
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  • 13/10/2010 em 01:01
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    Olá gente;
    Sou professor de matemática para o ensino fundamental e médio estadual. Atualmente tenho apenas 8 turmas de 45 alunos cada(não há mais alunos por turma porque é contra a lei?). Estou com um grande problema numa 6a série. O último lugar que eles ficam é em suas cadeiras, jogam papéis uns nos outros, gritam entre eles, não consigo ser escutado, explicar nada. Já separei brigas e até perdi o controle e dei uns “berros” na sala. Eles se assustam e fazem silêncio por menos de 15 segundos, não acho isso certo, mas falar com eles não adianta. Chamar os pais dos mais problemáticos também não, porque eles também não sabem o que fazer; dão graças a deus quando o filho vai à escola; dá um pouco de sossego em casa, ouvi isso de mais de uma mãe. Vários deles não conseguem nem nota, mesmo que o professor quisesse ajudá-los a recuperar, porque não produzem nada. Alguns nem caderno têm. Mudei a minha didática nessa turma, trazendo mais coisas anotadas, digitadas, explicações mais detalhadas (escritas) passo-a-passo de cada tema, para ver se os aproximadamente 10 alunos interessados da turma não ficassem prejudicados pela situação. Resultado: recebi reclamação de uma mãe, alegando que sua filha não consegue aprender nada na minha aula e outras asneiras eu ouvi, em silêncio… …a filha dela, não é má aluna, mas fica prejudicada pela maioria que não quer a aula. Realmente já usei todas as minhas “fichas” e não sei o que fazer…
    Não estou aqui para me lamentar, só sei que existe uma situação ruim, que precisa mudar. Culpar apenas a família pela falta de respeito que os alunos têm por tudo e até por si mesmos é apenas transferir responsabilidades, mas é claro que o professor não consegue carregar esse fardo sozinho. Antes eu criticava alguns colegas por ensinar conteúdo nenhum. Mas agora vejo que em algumas realidades o conteúdo realmente não importa… …isso é muito triste. Se todos nós professores entrarmos nessa onda de “o que importa são os valores, a amizade com o aluno, ser a mãezona, ou o pai, etc” não mais precisaremos de um curso superior em área específica, vamos todos ser assistentes sociais.

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  • 14/10/2010 em 09:36
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    Olá, Anton.

    Eu me imagino perfeitamente em seu lugar. Lidei com esse tipo de situação enquanto lecionei ano passado (fiquei fora esse ano por causa dos 200 dias de gelo pela nova política educacional de SP; ano que vem pretendo voltar). Dizem que não é para se preocupar em passar conteúdos, e sim fazer com que o aluno tenha sua própria autonomia de aprendizagem. Ou fazer com que ele aceite a diferente e aprenda a viver em sociedade. Ou seja: professores, formem mão-de-obra barata e analfabeta, pois o mercado precisa disso; deixem os cargos de médicos, engenheiros e jornalistas para quem gosta de estudar (ou seja, a elite).

    Falar é fácil, são muitos os teóricos e poucos os sucessos, queria ver esses malditos teóricos darem aula para esses seus 10 alunos “com problemas”. Quem está com problema é o professor, que não conta com um respaldo na própria escola que trabalha, está em descrédito com uma sociedade que elege um “palhaço” para a Câmara dos Deputados e que se vangloria ser esperto, de ganhar dinheiro sem precisar se esforçar muito, de “pegar” mulher dos outros, de “ganhar” coroas ricos que pagam tudo, e que ser burro porém rico é muito mais vantajoso do que ter um simples espaço cheio de livros para ler. Sem falar do conservadorismo, visto o andamento das campanhas eleitorais, em que setores religiosos que são contra o aborto e o homossexualismo estão ditando as regras. Um retrocesso. Estamos na época de Franco, não por imposição do Estado, mas por vontade majoritária.

    Estamos à deriva. Resta as boas ações que podemos encontrar por aí.

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  • 17/10/2010 em 16:01
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    Pois é, Alex, o que eu queria saber é que autonomia é essa que pode ser alcançada sem um mínimo de conteúdo. Quando assumo uma turma nova, geralmente me assusto com a capacidade teatral de certos professores de “enrolar”. Por exemplo, tenho alunos no segundo ano do ensino médio que não sabem as quatro operações, mesmo se usar calculadora eles ainda erram em adições simples, sendo o caso mais lamentável o da divisão e; não estou falando do processo mecânico de divisão em chave, mas do conceito mesmo. Por exemplo, 8:8 =zero.
    O que eles entendem?
    8 reais, repartido entre 8 pessoas dá NADA para cada um… ???
    Metade da classe me fez isso…
    Agora me digam professores; que autonomia essa pessoa terá?
    Que mercado precisa dele?
    No Brasil há uma grande reclamação dos empresários de que não há mão-de-obra qualificada. Se nem mesmo o cidadão é capaz de operar uma máquina, ainda que exija pouca ou nenhuma interpretação do que ela faz, esse indivíduo será margilizado e, nós professores estamos de mão atadas.
    Eu entendi o argumento do Alex, em “ironic mode”, mas o que eu quero levantar é a reflexão nos mestres que desistiram de sua meta, por não ter condições adequadas de trabalho. Será que essa postura, de fingir que dá aulas, não desmoraliza ainda mais o professor?
    Abraço fraterno.

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  • 22/03/2011 em 08:03
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    gostaria,de saber que atitude tomar
    minha filha foi chamada,de vadia por um amiguinho da escola.

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    • 22/03/2011 em 13:38
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      Oi Calen,

      Eles se xingam, se batem, se maltratam o tempo inteiro na escola.

      O melhor talvez seja você ir conversar com a coordenadora da escola (ou diretora, ou alguma responsável de lá).

      Eles provavelmente chamarão o menino pra lhe dar um puxão de orelha.

      Abraços,

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  • 02/05/2011 em 22:13
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    Como aluna ,eu sei o quanto há alunos ”Mal Educados”,e que não quer nada com nada,mas não acho certo um professor mandar o aluno copiar 42,54 páginas de um livro ,sem uma explicação correta,ouvir em minha sala uma vez, uma professora mandar os alunos ”calar a boca”, ouvir uma vez também uma professora dizer” professores serve pra dar conteúdo e pronto!” .
    Falta estimulação em salas,falta respeito não só alunos com professores,mas professores com alunos, dizer que professor apenas serve pra dar conteúdo,é não valorizar sua profissão!-não concordo ,pelo fato que o aprendizado é pra vida toda nós alunos acabamos nós envolvendo com os professores,é eles que passamo seu aprendizado pra todos nós estudantes,apoio estitucional escolar é o que todos precisamos,o salário de professores é um absurdo!.
    Mas por fim , o objetivo que queremos é uma educação em condições altas ,que o governo coloque em prioridade a educação brasileira….

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  • 22/09/2011 em 14:10
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    Aluno problemático, todo professor vai encontrar. E Professor problemático? O aluno também vai encontrar. Estou falando de crianças. Estou falando de professor que passa toda sua frustação para os alunos, e quando encontra um que bate de frente com ela, aí, ele é problemático? Por que só alunos têm problemas? O problema está na condução da situação. O profesor tem que deixar seus problemas pessoais fora da sala de aula e encarar o aluno que não sabe lidar com seu próprio problema. Muitas vezes esses alunos nem sabem o que lhe atormentam; é pai viciado, é mãe desligada, é problemas neurológicos, emocionais e até mesmo hormonais. Agora, professor se fazer de vítima é que não dá. Ganha pouco, sim muito pouco, não está dando; então procure outra coisa para fazer, não dá é para ficar reclamando, menosprezando alunos, tripudiando em cima da meiserabilidade do aluno, debochando se um aluno é gordo, se um sabe mais que o outro, se um é mais caprichoso que outro… enfim eu sei o que estou dizendo.

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    • 22/09/2011 em 19:39
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      É romilda… esse é exatamente o pensamento daqueles que estão no poder, fudendo com a educação.

      Quer ganhar mais? As condições não são boas? Então foda-se, saia do emprego.

      Ridículo e nem mereceria comentário.

      Mas, o pior de tudo é que você nem percebe que este pensamento reacionário é justamente aquele que faz a educação ficar do jeito que está.

      Pois ao invés de tentar melhorar, modificar, você sugere que os professores insatisfeitos com a situação (que não os deixa fazer o que deve fazer pelos alunos) saiam da profissão, ao invés de buscar melhorar a situação.

      Pois é…

      Se há professores que agem como você descreve acima, é minoria, pode acreditar.

      Os outros dão a cara à tapa pela educação.

      Fale isso pra professora que levou um tiro hoje…

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  • 30/01/2012 em 19:57
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    Declev
    Eu e meu marido somos professores a 14 anos e vemos que a situação está cada vez pior.
    Hoje mesmo estive em uma sala onde não consegui fazer nada do que havia planejado para aquela turma. Falta de experiência? Acho que não.
    Não sei onde vamos parar. Algumas vezes também já pensei em desistir dessa profissão mas por ingrivel que pareça, eu gosto do que faço.
    Gostaria muito de ver essas pessoas que vivem sentadas em seus gabinetes ,”pensando” na educação perfeita, enfrentarem o que os professores das escolas púlblicas brasileiras vem passando.
    Gostaria que pessoas como a dona Romilda tirassem um tempinho de suas vidas para visitarem e desenvolverem trabalhos voluntários nas escolas das comunidades carentes.
    A minha opinião é: esse problema só será resolvido quando conseguirmos agir em conjunto escola (não apenas Professores),
    família e estado. Chega desse jogo de petecas onde nunca se chega a um consenso.
    Professor também é gente: tem necessidades, sonhos, problemas…
    Merecemos no mínimo um pouco de respeito.

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  • 27/03/2012 em 17:55
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    Olá!Também sou professora, mas não sou de escola pública e sim de particular.O que me trouxe aqui? Uma necessidade enorme de ajuda, pois dou aula para um 5° ano onde os alunos que são de idade entre 9 a 10 anos me fazem colocar todo meu discernimento e sabedoria em prática pra saber “levá-los´´ E isso surte efeito,só que há um aluninho que ,misericórdia, está me preocupando e muito! Ele simplesmente não quer nada com nada,parece que vai á escola somente pra pertubar, atrapalha a aula de um jeito único: fica cantando alto na hora das explicações, usando termos ofensivos, não sei se para os colegas ou mesmo para mim. implica descaradamente com todos e quando vou conversar com ele ou chamar sua atenção ,debocha na minha cara…Fala que não quer ser nada na vida mesmo e o pior é que ele sabe que tudo o que está fazendo é realmente errado.Mas pelo visto não quer se consertar e sim continuar sendo o meu pesadelo. Pronto!Desabafei! (Já levei o problema à direção da escola e acredito que terei ajuda.Também buscarei outros meios que possam me auxiliar nesta situação, pois sei que não sou a salvadora do mundo, mas também se eu não mover uma palha, me culparei se algum dia vier saber que este garoto está na vida do crime ou morto com a cara cheia de bala…) Saudações à todos os colegas professores!

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  • 02/04/2012 em 21:52
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    Olá, Ju,

    Qual o posicionamento dos pais em relação a esse aluno? E dos pais dos outros alunos, estes aparentemente prejudicados por conta do comportamento do jovenzinho? Os pais têm que estar na parada; muitas famílias pensam que escola é sinônimo de creche, e que professora é sinônimo de babá. Sua parte você já está fazendo, eu penso.

    Espero que tenha sucesso; não deixe de relatar a resolução temporária do caso!

    Abraços a todos
    Alex

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  • 09/04/2012 em 22:14
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    Olá, Alex ! Em primeiro lugar, o menino não mora com os pais e sim com a avó materna, pois a mãe o abandonou.Descobri conversando com a diretora. Nós já estamos trabalhando de uma maneira estratégica com ele. Na verdade, tô procurando captar seus pontos fracos pra poder levar bem essa situação e tá surtindo efeito!!! Valeu! Boa noite!

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  • 06/05/2012 em 08:12
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    OLA. REALMENTE ESTA A CADA DIA DIFICIL DAR AULAS PRINCIPALMENTE EM ESCOLAS PUBLICAS, ESTAMOS SENDO PARA O MUNDO A 6° ECONOMIA MUNDIAL , MAS A ESCOLA ESTA SUPER ATRASADA , FALTA EQUIPAMENTOS ADEQUADROS, FALTA GESTÃO DE PESSOAS OU SEJA TRABALHAMOS COM SERES HUMANOS. TEMOS QUE PENSAR EM AÇÕES , MANEIRAS E JEITOS DE ANEMIZAR ESTA SITUAÇÃO. DESEJO TROCAR INTERCAMBIO COM PROFESSORES(AS) NO SENTIDO DE AÇÕES QUE JA FIZERAM E EXPERIEMENTARAM E DE ESTÃO DANDO CERTO( EX. LIVROS QUE JA LERAM COM AÇÕES, ESCOLAS QUE ESTÃO FAZENDO ESTADOS DE COISAS DIFERENTES, DINAMICAS DE GRUPO SOBRE MOTIVAÇÃO, PRECONCEITOS, DISCRIMINAÇÃO, MUDANÇA DE COMPORTAMENTO, TER VONTADE DE ESTUDAR, ENTRE OUTRAS COISAS QUE REALMENTE FUNCIONE. OS DISCURSOS DE FALAR , ESCREVER E DISCUTIR OS COMPORTAMENTOS PROBLEMA E OS PROBLEMAS DE COMPORTAMENTOS ESTÃO DE PARABENS , POREM TEMOS QUE TER AÇÕES, PROJETOS, OBJETIVOS, MANEIRA , FORMAS DE ANEMIZAR.( MEU E MAIL É )(ny0@ig.com.br)observação apos a letra y é o numeral 0(zero).Aguardo sugestões , ideias.neusa

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    • 06/05/2012 em 12:02
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      Oi Neusa,

      Navegue por este site que você verá muitas opções de trabalhos, projetos, atividades.

      Falo dos problemas, mas também mostro muitas práticas possíveis.

      Abraços,

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  • 26/09/2012 em 17:46
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    Vocês estão de parabéns! Embora uns ou outros reclamem no site sobre suas conclusões e atitudes, é fácil ver que todos aqui têm realmente amor pela profissão e não só isso, pensam em soluções, questionam soluções, pedem soluções.
    Infelizmente, ainda há muitas pessoas que têm coragem de dizer:
    Estão insatisfeitos? mudem de emprego.
    Só não vêem que se vocês desistirem, não teremos ninguém para nos ensinar.
    Tenho orgulho dos professores do Brasil! Sou uma cidadã de bem porque tive professores.
    Tenho um emprego bom porque tive professores.
    A instrução, o conhecimento e um mundo totalmente novo de aprendizado e possibilidades vêm de vocês, os profissionais mais importantes do mundo, pois sem vocês, não aprendemos a opinar, questionar, mudar.
    E meus pais me ensinaram a respeitá-los. Minhas malcriações com os professores eram punidas em casa.
    Sem educação não construímos uma sociedade. Apenas montamos um rebanho de zumbis que não têm atitude própria.
    Se vocês recebessem a honra que merecem, nosso Brasil seria muito melhor.

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