Equidade no mercado de trabalho

 

Equidade no mercado de trabalho ainda é um desafio que se soma às conquistas das mulheres atualmente.

Na semana em que se celebra o Dia Interacional da Mulher, a CEO do PG Advogados reflete sobre igualdade de gênero e a horizontalidade da gestão no mercado jurídico.

   

Equidade no mercado de trabalho

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou um estudo em que afirma que as mulheres enfrentam mais dificuldades no acesso ao mundo do trabalho do que se pensava anteriormente, e a diferença de remuneração e condições permaneceu quase inalterada nas últimas duas décadas.

Segundo dados da OIT, 15% das mulheres em idade ativa no mundo gostariam de ter um emprego, mas não têm, contra 10,5% dos homens, e essa desigualdade de gênero permaneceu praticamente inalterada por duas décadas.

Outro dado importante é de que as responsabilidades pessoais e familiares, incluindo o trabalho de cuidado não remunerado, afetam desproporcionalmente as mulheres, já que esse tipo de atividade tende a impedi-las ainda mais de trabalhar, procurar emprego ativamente ou estar disponíveis com pouca antecedência.

“De fato, todas as profissionais, e não apenas as advogadas, enfrentam aí uma estrutura histórica em que culturalmente foi definido que homens vão ao mercado de trabalho e as mulheres são as responsáveis por cuidar do lar e dos filhos. A grande questão atual é: elas permanecem cuidando da família, mas também estão no mercado de trabalho, estudando, planejando sua carreira, equilibrando todas as suas funções sociais que envolvem, pelo menos, maternidade, família e carreira”, acredita Ellen Gonçalves, advogada e CEO do PG Advogados.

Para ela, que também é casada e mãe de dois filhos, a grande questão é que as profissionais enfrentam pela frente um mercado que foi historicamente constituído a partir de uma ótica e lógica masculinas, ou seja, “o perfil do segmento jurídico, e de muitas outras áreas também, foi estabelecido a partir de noções da rotina dos homens e seus critérios, e desde muito tempo. É importante, agora, entendermos esse cenário para que possamos enfrentar todos os desafios que ainda há pela frente de uma maneira mais otimista, encarando que podemos avançar, cada vez mais, nos direitos das mulheres e na conquista de igualdade de gêneros em todas as áreas profissionais”, acredita.

Equidade no mercado de trabalho jurídico

Em se tratando do universo jurídico, o Brasil conta com 1.319.357 milhões de advogados aptos a exercer sua profissão. Desses, 673.133 são advogadas atuantes, de acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Elas são 43.190 mulheres de até 25 anos, 345.222 de 26 até 40 anos, de 41 a 59 ano esse número é de 229.552 profissionais e, finalmente, 81.588 na faixa dos 60 mais.

 

Dos 38 presidentes que a OAB Nacional já teve desde a sua fundação, todos eles foram homens.

Mas um feito recente no País: a vitória das advogadas Patrícia Vanzolini, Marilena Winter e Daniela Borges nas últimas eleições (2022) para a presidência das seccionais da OAB de São Paulo, Paraná e Bahia, respectivamente, contribuiu para provar o crescente empoderamento feminino em postos de liderança no meio jurídico.

“A diversidade e a equidade de gênero são pautas que sempre estiveram presentes em minha vida e carreira, até porque vivi essa realidade e entendi a necessidade do mercado jurídico desde sempre. Ao me formar em Direito, decidi empreender e fundar o PG Advogados. Então, meu perfil profissional é de empreendedora e em toda a minha trajetória sempre foi muito comum os longos períodos de jornada de trabalho e o meu posicionamento diante deste segmento”, conta a advogada.


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Contudo, ela se lembra de alguns casos, no início do seu negócio, que percebeu que a sua presença não era bem-vista em reuniões estratégicas.

“De fato isso aconteceu, mas nunca ao ponto de me abalar. Eu sempre foquei nos negócios e, por isso, ao notar qualquer insatisfação de cliente com a minha presença, eu já indicava um outro interlocutor do PG para fazer o atendimento. Porém, não normalizo essa conduta, apenas não me deixo abalar”, explica.

Um movimento que a CEO lidera desde a fundação do escritório é o foco centrado nas pessoas, sejam os profissionais que nele atuam ou os próprios clientes.

Para ela, os resultados só são alcançados por meio das pessoas, suas competências e habilidades e o seu interesse em fazer o trabalho dar certo. Além disso, a igualdade de gênero e a horizontalidade da gestão baseiam sua liderança.

“A minha governança é pautada nos pilares do ESG, em que a equidade nas relações interpessoais, de ponta a ponta, e a diversidade na liderança fundamentam a realidade do escritório”, destacou a CEO, que ainda permanece como Head de Contencioso Estratégico do escritório e também exerce o cargo de vice-presidente da Comissão Permanente de Defesa do Consumidor da OAB – SP.

O PG Advogados possui sede em Alphaville (Barueri – SP) e é composto por 119 profissionais mulheres e 39 homens.

“Acredito que mulheres que se destacam em sua carreira devem ser exemplo e atuar no mercado para que outras mulheres tenham essa oportunidade. A ideia é normalizar a nossa presença em cargos C-Level ou atuando como gestoras de projetos e iniciativas com remunerações e respeito às funções que exercem, e não por que se tratam de mulheres. Há ainda muitos desafios pela frente, mas também já percorremos um longo caminho que colaborou para chegarmos até aqui e ter espaço para esse tipo de discussão”, finalizou.

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