Meltdown e Shutdown no autismo

Você já ouviu falar em Meltdown e Shutdown no Autismo?

Abaixo, a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto, fala mais sobre o assunto.

   

Meltdown e Shutdown no Autismo

Entenda agora o que é o ShutDown no Autismo.

Diferentemente de uma crise de birra, é comum que crianças e adultos com autismo passem por crises causadas por uma situação estressante, desencadeada bruscamente ou pelo acúmulo de demandas e sobrecargas sensoriais ou sociais.

E elas podem ocorrer de duas formas: o meltdown ou o shutdown.

“O meltdown acontece de dentro para fora, isto é, acontece como uma grande explosão incontrolável pela própria pessoa” – Explica a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto.

Ela conta ainda que sinais como: choros, gritos, agitação excessiva, descontrole emocional e autoagressão são muito comuns.

E existe ainda o shutdown, que é uma crise interna.

“É como se a pessoa se desligasse temporariamente, ficando sem responder estímulos ou qualquer forma de comunicação” – Esclarece a neuropsicóloga.

Entre os sinais: apatia, isolamento, olhar vazio e falta de comunicação com o mundo exterior.

 
 

Meltdown e Shutdown no Autismo – O que fazer?

Mas o que fazer nesses casos de Meltdown e Shutdown no Autismo?

É importante que os pais fiquem calmos e façam de tudo para deixar a pessoa com autismo segura e em um ambiente acolhedor e tranquilo, longe de estímulos sensoriais e sobrecargas emocionais até que a crise termine.

A seguir, Bárbara pontua dicas que podem ajudar a minimizar crises como essas:

  • Dê previsibilidade à pessoa com TEA, explicando as situações que devem ser encontradas em festas, passeios, escola, casas de amigos, entre outros;
  • Treine uma dessensibilização gradual antes da data, mostrando vídeos, texturas, sons;
  • Use dicas visuais explicando o que pode acontecer nos locais que vocês forem;
  • Use fones de ouvido grandes de concha (aqueles que cobrem toda a orelha) para abafar o som externo. Pode-se também deixar a pessoa com TEA ouvindo música ou assistindo a um vídeo preferido;
  • Retire a pessoa com TEA das aglomerações para diminuir o risco de outras variáveis que possam incomodar

“É importante ressaltar que não há fórmulas prontas, já que cada autista é único. Converse com especialistas que acompanham seu filho e busque orientações para saber o que fazer em situações como essas” – Conclui Bárbara Calmeto.

 
 

Meltdown e Shutdown no Autismo – outras informações

O termo “shutdown” é frequentemente usado na comunidade autista para descrever um estado de sobrecarga sensorial, emocional e cognitiva que pode levar a uma perda temporária da capacidade de processar informações e interagir com o ambiente. Durante um shutdown, uma pessoa autista pode se sentir incapaz de falar, mover-se ou se comunicar de forma eficaz. Algumas pessoas relatam sentir-se como se estivessem em um estado de congelamento ou paralisia.

Os shutdowns são diferentes das crises de meltdowns, que são caracterizadas por comportamentos explosivos e emocionais. Em vez disso, os shutdowns são geralmente marcados por uma retirada silenciosa e uma falta de resposta ao ambiente ao redor.

Os shutdowns podem ser desencadeados por uma variedade de fatores, incluindo estresse emocional, sobrecarga sensorial, fadiga, mudanças na rotina ou em ambientes desconhecidos. Pessoas autistas podem ter estratégias pessoais para lidar com shutdowns, como procurar um local tranquilo para se acalmar, ouvir música calmante ou praticar técnicas de respiração profunda. É importante lembrar que os shutdowns são uma resposta natural e saudável ao estresse e que as pessoas autistas devem ser respeitadas e apoiadas durante esses momentos.

 
 

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

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