Como falar sobre mudanças climáticas com crianças?

Como falar sobre mudanças climáticas com crianças?

Com pequenas atitudes do cotidiano, é possível ajudar a manter uma relação equilibrada com o meio ambiente.

Conversar usando exemplos do dia a dia pode ser a melhor forma de incluir as crianças no assunto.

De acordo com uma análise da Organização Meteorológica Mundial (OMM), organização ligada à ONU, 2023 será o ano mais quente da história.

O aquecimento global será de 1,4°C acima dos níveis pré-industriais, o que favorece eventos climáticos extremos e mudanças nos padrões de temperatura em diferentes regiões do mundo.

Diante desse cenário, é provável que as crianças e adolescentes já estejam falando sobre isso ou fazendo perguntas, pois o assunto está cada vez mais comum e presente.

Para o professor de Biologia Rafael Lopes Rothert, do Colégio Marista Santa Maria, o assunto pode e deve ser tratado com crianças.

“É necessário abordar o tema de forma acessível e construtiva, visando sensibilizar as futuras gerações sobre a crise climática que enfrentamos. São essas gerações que sentirão as consequências e por isso devem estar informadas”, pondera.

Ao abordar as mudanças climáticas de maneira educativa, podemos capacitar as crianças a se tornarem defensoras ativas do meio ambiente, contribuindo para um futuro mais sustentável e consciente, conclui.

Como falar sobre mudanças climáticas com crianças?

Confira dicas para falar sobre mudanças climáticas:

1. Inicie com simplicidade:

Ao introduzir o assunto, comece com uma linguagem simples e adaptada à idade da criança. Utilize analogias compreensíveis para explicar conceitos como poluição, reciclagem e conservação.

2. Conecte com experiências pessoais:

Relacione as mudanças climáticas a experiências do cotidiano da criança. Por exemplo, ao explicar a importância da economia de água e reciclagem de lixo, destaque como isso impacta diretamente o meio ambiente e a vida de plantas e animais.

3. Estimule a observação e curiosidade:

Incentive a observação do ambiente ao redor. Faça passeios ao ar livre e promova conversas sobre as alterações que podem ser notadas na natureza, como mudanças nas estações ou comportamentos de animais.

4. Envolva em atividades práticas:

Ações práticas, como plantar árvores, compostagem e participação em projetos de sustentabilidade, proporcionam uma compreensão tangível dos esforços para enfrentar a crise climática.

5. Destaque heróis ambientais:

Apresente histórias e figuras inspiradoras que estejam fazendo a diferença na preservação do meio ambiente. Isso pode incluir cientistas, ativistas ou até mesmo ações comunitárias.

6. Seja positivo e empoderador:

Evite sobrecarregar as crianças com um discurso negativo. Em vez disso, destaque a importância de pequenas ações diárias, mostrando como cada um pode contribuir para a saúde do planeta.

7. Encoraje a expressão e perguntas:

Crie um ambiente aberto para que as crianças expressem seus sentimentos e façam perguntas. Incentive a curiosidade e forneça informações confiáveis quando necessário.

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

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