O coronel que queria matar o presidente

Leonardo Bruno da Silva estava dando aula na Escola Municipal Daniel Piza, no Rio de Janeiro, quando a estudante Maria Eduarda foi morta a tiros de fuzil dentro da instituição, durante um confronto entre policiais e traficantes.

Seis anos depois da tragédia, ele eterniza a memória da garota no livro “O coronel que queria matar o presidente“, para que a história da menina não seja apagada.

Na obra, os protagonistas vivenciam cenas no colégio, porque o caso se relaciona com o enredo ficcional: o personagem principal, decepcionado com a violência, as desigualdades e o descaso acarretados pelo estado brasileiro, elabora um plano para tirar o presidente do poder.

O coronel que queria matar o presidente

Um coronel e um atendente de padaria se unem para salvar o Brasil de um presidente violento.

Professor e doutor em História Política, Leonardo Bruno da Silva estreia na ficção com livro repleto de críticas à realidade sociopolítica do país.

Alberto, protagonista de O coronel que queria matar o presidente, toma uma decisão após perder a esposa para o spikevirus e perceber o descaso do governo federal com a situação: ele vai matar o governante do Brasil.

Para colocar o plano em prática, o coronel da reserva do Exército pede ajuda a Kaiky, um jovem atendente de padaria.

Escrito pelo professor de História, doutor em História Política e pesquisador sobre a fase contemporânea brasileira, Leonardo Bruno da Silva, este livro insere os leitores numa missão improvável.

A partir de uma narrativa fluida, leve e cheia de diálogos, o público acompanha a trajetória do protagonista em busca de formar um esquadrão de militantes para fazer justiça com as próprias mãos e combater uma grave crise sanitária.

Com o intuito de criticar a política do país e evidenciar as desigualdades socioeconômicas, o autor mostra os problemas do Brasil por meio dos conflitos internos de cada personagem.

De um lado, Kaiky é um jovem negro e morador de uma favela no Rio de Janeiro que, além de lidar com o racismo e a violência diariamente, convive com o peso de ser o único com emprego fixo na família.

Do outro, Alberto é um idoso aposentado que, em meio ao luto, decepciona-se com um político e precisa desafiar as próprias convicções para encontrar novas formas de entender o mundo.

No dia seguinte, a ressaca moral do Coronel doía mais do que a boca do Alberto. O militar reformado sentia-se traído pelas suas convicções. Ser ameaçado e agredido por policiais, que o colocaram como suspeito apenas por ter saído de uma favela e estar conversando com um homem negro, fez o coronel revisitar as lembranças de momentos em que prontamente condenou mentalmente alguém como bandido baseado somente na palavra dos policiais que estavam na ação reportada. (O coronel que queria matar o presidente, pg. 46)

Esta ficção histórica é mais do que um retrato das complexas estruturas sociais, políticas e econômicas que formam o país, porque é também uma homenagem de Leonardo Bruno da Silva à aluna Maria Eduarda.

Professor da Escola Municipal Daniel Piza, ele utiliza a literatura para eternizar a memória da menina que, aos 13 anos, foi morta por tiros de fuzil dentro da instituição de ensino, durante um confronto entre policiais e traficantes.

Eu era professor da Duda e estava na escola naquele dia. Fiz questão de relembrá-lo no texto do livro para que a memória dela não seja apagada. A Maria Eduarda vive em nossos corações”, afirma.

O coronel que queria matar o presidente – FICHA TÉCNICA

  • Título: O coronel que queria matar o presidente
  • Autor: Leonardo Bruno da Silva
  • Editora: Appris Editora – selo Artêra Editorial
  • ISBN: 978-65-250-4885-7
  • Páginas: 162
  • Formato: 21 cm X 16,2 cm
  • Preço: R$ 46,50
  • Onde comprar: Amazon

Sobre o autor – Leonardo Bruno da Silva

Leonardo Bruno da Silva é doutor e mestre em História Política. Professor de História há 20 anos, atua na educação básica em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Como pesquisador, tem como foco a história contemporânea do Brasil, do Império à Ditadura Militar.

Na literatura ficcional, estreia com o título O coronel que queria matar o presidente, obra que mistura ficção e realidade para tratar sobre a realidade e a polarização política no país. Também foi responsável pela co-organização do livro “Conversas sobre o Brasil – ensaios de crítica histórica”, além de ser co-autor do capítulo “O inimigo invisível e o conceito solapado – rupturas históricas e ecos futuros”, no livro “Um país de muitos Golpes? – O Brasil em perspectiva multidisciplinar”.

Declev Dib-Ferreira

Declev Reynier Dib-Ferreira sou eu, professor, biólogo, educador ambiental, especialista em EA pela UERJ, mestre em Ciência Ambiental pela UFF, doutorando em Meio Ambiente pela UERJ. Atuo como professor na rede municipal de educação do Rio de Janeiro e também na Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME), no Núcleo de Educação Ambiental (NEA). Sou coordenador de educação da OSCIP Instituto Baía de Guanabara (IBG) e membro/facilitador da Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro (REARJ)... ufa! Fiz este blog para divulgar minhas idéias, e achei que seria um bom espaço para aqueles que quisessem fazer o mesmo, dentro das temáticas educação, educação ambiental e meio ambiente. Fiz outro blog, com textos literários (http://hebdomadario.com), no qual abro o mesmo espaço. Divirtam-se.

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