Cares amigues,
Depois da minha Carta à atual Secretária de Educação do Rio de Janeiro, recebi diversas manifestações, muitas de apoio, falando bem.
Algumas poucas falando mal.
O que mais me impressionou – ou melhor, não me impressionou, pois de certa forma eu já esperava e haviam me avisado – foram algumas manifestações em relação aos palavrões desqualificando o texto.
Uma delas eu já respondi neste post. Diz a autora que o artigo da Carta era um “texto confuso e equivocado, agravado pelo emprego de linguagem chula, o que compromete definitivamente a seriedade do conteúdo”.
Outra pessoa diz:
“Adorei seu depoimento até o momento em que você “falhou”, você enfraqueceu seu discurso quando se utilizou de palavrões e termos chulos em uma carta aberta a uma secretária de educação (…) por esse motivo não reenviarei o e-mail que recebi com seu desabafo – justo, mas não de acordo com minha forma de expressar minha indignação.”
O que me impressiona, na verdade, é que isto possa chamar mais atenção às pessoas do que os próprios fatos.
Escrevi um artigo sobre um desvio de dinheiro da educação de Niterói para a Companhia de Limpeza. Recebi apenas um comentário. Positivo, é verdade, mas apenas um.
Escrevi outro sobre os milhares de computadores que o Estado comprou e um outro sobre o desperdício monumental de papel branco da Secretaria de Educação do Rio, além de outros com denúncias e reflexões parecidas.
Pouquíssimas referências. Uma ou duas.
E tem gente preocupada com os palavrões que eu escrevi!
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Eu falo “gozar” (é chulo?), “políticos filhosdaputa” e “merda” duas vezes. Só.
E tem gente que por conta disso não vê o que deveria ser visto.
Já expliquei que o meio me permite – meu blog – e que estas palavras, justamente pelo seu peso e impacto, eram as que satisfaziam a minha vontade de dizer o que queria naquele momento.
Mas, apesar disso, quero apresentar vocês aos verdadeiros palavrões da língua brasileira. Sim, brasileira, porque muitos são quase endêmicos nossos.
Quero apresentá-los aos verdadeiros vilões.
Àqueles que chocam de verdade.
Àqueles que realmente demonstram aos que os utilizam o seu verdadeiro caráter chulo desbocado e filhodaputa (ops!, desculpem…).
Não os falem em frente às crianças.
Quem é muito sensível, me perdoe e não leia!
Vamos lá:
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DESONESTIDADE
ROUBO
CORRUPÇÃO
IMUNIDADE PARLAMENTAR
CHACINA
NEPOTISMO
FALCATRUA
INJÚRIA
MARACUTAIA
FRAUDE
TRAPAÇA
JUROS
LATROCÍNIO
QUEBRA DE DECORO
SUBORNO
FALSIFICAÇÃO
CLONAGEM (DE CARTÃO ETC)
PREVARICAÇÃO
CONTO DO VIGÁRIO
COOPTAÇÃO
ASSALTO
IMPOSTOS
POLITIQUICE
DOLO
FALSIDADE IDEOLÓGICA
TORTURA
QUADRILHA
CRIME
FORO PRIVILEGIADO
JEITINHO
PROPINA
GRUPO DE EXTERMÍNIO
MENSALÃO
CPI
TRÁFICO
DIFAMAÇÃO
DESVIO
ASSASSINATO
MILÍCIA
LAVAGEM DE DINHEIRO
DISSIMULAÇÃO
HOMICÍCIO
PIRATARIA
FURTO
PECULATO
ILEGALIDADE
VENDA DE HABEAS CORPUS
ESTELIONATO
EXTORSÃO
USURPAÇÃO
Eles estão em todos os lugares todos os dias.
Meu medo é que os achemos normais.
Parte da vida.
Dia-a-dia.
E esqueçamos de nos revoltar com elas…
Abraços,
Declev Reynier Dib-Ferreira
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Prticipe do Movimento:
Oi, Declev!
Agradeço a recepção e convite para visitas ao blog. Farei isso com o maior prazer. Já sabes que tua presença em meu blog também é uma alegria. Concordo em relação aos verdadeiros palavrões. E, como trabalho com Ed. Especial (adolescentes autistas e psicóticos), ainda acrescentaria mais um palavrão que, infelizmente, acompanha meus alunos, seus familiares e muito mais gente por aí, afora: PRECONCEITO
Abraço.
Muito bem lembrado, Bia…
Se bobear, ainda dobramos esta lista!
Abraços.
Venho parabenizar pelo texto da carta.
Minha mãe é professora do município a 27 anos e minha irmã está no seu primeiro ano como funcionária municipal.
Imprimi o texto para as duas que acharam ótimo e vão levá-lo para publicar no mural das suas escolas (respectivamente, Professor Coqueiro, em Santa Cruz, e, Nair da Fonseca, em Sepetiba).
Gostaria de pedir sua autorização.
Quanto aos comentários criticando os momentos de linguagem chula no texto. Engraçado como brasileiro gosta de reclamar até de alguém que está defendendo sua causa.
Na hora de reclamar com quem interessa se apequena.
Achei que as palavras foram pontuais e completam o texto.
Novamente, meus Parabéns.
Daniel G. Ferreira
26 anos, sempre estudei, assim como minha irmã, em escolas públicas, formado pela UTFPR em Tecnologia de Sistemas de Informação e INDIGINADO com o rumo que nossa cidade está tomando.
Oi Daniel,
Todas as reproduções da carta, citando-se a fonte, são permitidas e até incentivadas.
Agradeço as palavras.
Abraços.
Rá, post bom mesmo é aquele que surpreende… cliquei pensando em enriquecer meu vasto vocabulário de palavrões, hehe, brincadeira.
“Meu medo é que os achemos normais.
E esqueçamos de nos revoltar com elas…” [2]
Olá Declev,
Sou Bruna, trabalho na Edelman, agência de comunicação da Jorge Zahar Editor.
Parabéns pelo seu blog!
Ví que você é professor, então quero te apresentar o site da Zahar (www.zahar.com.br), já conhece? Lá você pode encontrar novidades, conhecer os lançamentos da editora, ler sinopse dos livros e ainda fazer um cadastro exclusivo para professores, que dá desconto na compra de livros e facilidades na entrega.
Visitarei o Diário do Professor mais vezes!
Abraços!
Olá Bruna,
Seja bem-vinda.
O site da Zahar está linkado, na sessão “livrarias”.
O que eu não sabia era do cadastro para os professores, que irei fazer. Obrigado pela dica.
Vou aproveitar sua entrada por estas bandas e te fazer uma pergunta: estou organizando um livro sobre educação com os artigos que escrevi por aqui. Irei procurar algumas editoras. Você acha que a Zahar pode se interessar? É da linha dela? E, se sim, como faço?
Abraços.
Adicionando um dos maiores palavrões e q é sempre dito:
PIZZA.
E pensar q isso ja foi apetitoso, hj qdo escuto sinto calafrios.
Em relação a carta. Tem meu total apoio.
Menos qdo afirma q nao e falha do professor…
O governo vive quebrando a cabeça para “tirar as crianças da escola”, claro q da melhor forma formando elas e “reduzindo o Nº de analfabetos”, Cria formas mirabolantes que torna quase impossivel uma reprovação escolar, pois o aluno tem q passar de série (nao interessando aos governantes se o aluno esta apto ou nao). E ainda assim vcs professores conseguem reprovar? O que ela quiz dizer é vcs sao um bando de incapazes que so precisam passar os alunos e ainda assim vcs “falham” ela nao quer q o aluno aprenda e sim q ele passe e saia logo da escola pq ai nao é mais responsabilidade da Sec de educação e sim da Sec de segurança.
Jean Carlo – Radialista no ES, que estudou a vida toda em escola publica em Valença – RJ, e que hj esta triste por ter q por seus filhos em escolas particulares. Mesmo sabendo que os professores (pelo menos onde moro) sao os mesmos na rede publica e particular. mas na particular nao tem a interferencia desorganizada do Estado.
Oi Jean,
Acho que a lógica é essa mesmo.
Mas pra mim o problema não é a reprovação. Tanto que eu não reprovo nenhum aluno.
Pode parecer estranho, mas acho injusto e ineficaz a reprovação.
O que tem que acontecer é a mudança total da escola, não estes arremedos de mudanças que eles fingem que fazem.
Ou seja: garantir aprendizado de verdade. E a reprovação não garante isso.
Abraços.
ain eu kero saber mos palavroes
meu professor de religião falou na frente de todos os alunos ”puta merda seus caralhos desgramados” desculpe se eu escrevi mas é só para falar o que ele disse
Oi Alessandra,
Não é certo o professor falar palavróes e, menos ainda, xingar os alunos.
Mas eles são humanos e de vez em quando não aguentam…
Diga que não gostou do que ele fez.
Se ele pedir desculpas, perdôe.
Abraços,
eu sou criança tenho 10 anos gostei e falo todos na escola sempre
esqueceu do “VÁ TOMA NU C…!”
é o que ultimamente os brasileiros estão fazendo, principalmente a classe mais desfavorecida
xD
nauum entendi exatamente nada .
rsrsr obrigado pella atenção
kkkk
ótimo post,ficou muito bom !